A pressão atingiu o limite em São Januário. Após mais uma atuação decepcionante no Brasileirão Betano, o Vasco perdeu para o Cruzeiro e viu seu presidente, Pedrinho, tomar uma atitude drástica: demitir Fábio Carille. A decisão foi anunciada em uma coletiva sincera e carregada de autocrítica, em que o dirigente reconheceu seus próprios erros na condução do futebol cruzmaltino.
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Presidente admite erro e assume responsabilidade
Logo após a derrota por 1 a 0, Pedrinho não se esquivou: assumiu a responsabilidade total pela escolha de Carille. “Assumo toda a culpa nesse processo. Muita coisa que defendi na televisão mantenho como convicção, mas percebi que na prática o cenário é diferente. Temos questões de ambiente, de ânimo, que também precisam ser consideradas”, declarou o presidente.
Além disso, o dirigente deixou claro que não se tratou apenas de desempenho em campo, mas também de fatores internos que influenciaram o ambiente do clube. Por isso, a mudança no comando foi vista como necessária para tentar reverter a fase ruim.
Desempenho de Carille foi muito aquém do esperado
Em quatro meses à frente do Vasco, Carille acumulou apenas nove vitórias em 21 partidas, um aproveitamento que deixou muito a desejar. Vale destacar que, além dos maus resultados no Brasileirão, o time foi eliminado pelo Flamengo no Carioca e frustrou sua torcida na Copa Sul-Americana.
Sendo assim, a diretoria entendeu que era insustentável manter o treinador. “É uma decisão administrativa, da gestão, muito difícil… Mas a gente precisava mexer, porque comecei a sentir que vamos ter uma sequência que é ruim pra quem assume também”, explicou Pedrinho.
Felipe Maestro assume e terá missão ingrata
Com a demissão de Carille, Felipe Loureiro, o Felipe Maestro, assume interinamente o comando do time. Conhecido por sua história no Vasco, ele terá pouco tempo para ajustar a equipe, que já volta a campo na quarta-feira contra o Operário-PR, pela Copa do Brasil.
Cabe ressaltar que Felipe terá que lidar com um elenco abalado e um ambiente pressionado. Dessa maneira, seu desafio inicial será resgatar a confiança do grupo e tentar estancar a série de maus resultados.
Vasco precisa encontrar identidade urgente
Analisando o cenário, fica evidente que o Vasco carece de uma identidade de jogo clara. A equipe de Carille alternava formações e estratégias, mas sem estabelecer um modelo consistente. Isso porque, em momentos decisivos, o time demonstrava pouca criatividade ofensiva e lentidão nas transições.
Portanto, para reagir na temporada, o Vasco precisa não apenas de um novo técnico, mas também de uma filosofia de jogo bem definida. Desse jeito, será possível criar uma base sólida para os próximos desafios. Com isso, a escolha do novo comandante se torna ainda mais crucial para o futuro cruzmaltino.
