Com mudanças constantes, seja por questões físicas ou por características do adversário, Jorge Jesus faz ser difícil apontar os 11 iniciais do Flamengo neste momento de 2019, no qual o time da Gávea desponta como um dos favoritos ao título do Brasileirão e Libertadores. Entre os 13, 14 ou 15 “titulares” de Jesus, contudo, não estão atletas formados no Ninho do Urubu. A postura do clube (conhecido pelo ótimo trabalho de formação) no mercado explica a mudança.
A reestruturação administrativa pela qual o clube passou – iniciada na gestão de Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Fla nos triênios 2013-15 e 2016-18 -, permitiu à direção investir na formação do elenco principal de forma gradativa.
Foram contratações de impacto ano a ano: Paolo Guerrero chegou em 2015 e o meia Diego no ano seguinte. Em 2017, o Rubro-Negro ainda contratou Everton Ribeiro, então o maior investimento na história: 6 milhões de euros (cerca de R$ 22,2 milhões na época). Na temporada, seguinte, nova “quebra de recorde”: R$ 54 milhões desembolsados por Vitinho, negociado junto ao CSKA, da Rússia.
Em 2019, o clube, já sob gestão do presidente Rodolfo Landim, foi ainda mais forte ao mercado: R$ 80,3 milhões em Arrascaeta – o atual reforço mais caro da história do Flamengo. Juntos, os investimentos em Bruno Henrique, Gerson, Rodrigo Caio, Gabigol, Pablo Marí Filipe Luís e Rafinha superam os R$ 100 milhões, valor que torna este ano como o de maior investimento do clube.
Não por coincidência, os oito jogadores citados acima estão entre os mais utilizados por Jorge Jesus. Com a exceção do zagueiro espanhol, os demais chegaram com as expectativas, e responsabilidades, de resolverem, serem titulares e estão correspondendo. Esta foi a postura da direção no mercado.
Retirado de: Lance