Virou ritual. No término do aquecimento pré-jogo, enquanto os outros jogadores estão a caminho do vestiário, a linha de defesa Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Marí e Filipe Luís se abraça no meio do campo e conversa. Um momento para repassar o que foi treinado e combinar detalhes de qual será a estratégia para tentar anular o ataque adversário. Tem dado certo.
A evolução defensiva do Flamengo pode ser medida pelos números. Nos últimos cinco jogos, incluindo a partida de volta com o Internacional, pela Libertadores, a equipe levou apenas dois gols. Rodrigo Caio, convocado para seleção brasileira, contou que o ritual antes das partidas serve também para que eles entrem em campo mais atentos.
— É uma coisa natural que nasceu de nós quatro. Tem dado certo. É uma forma de mentalizarmos coisas positivas, conversarmos sobre alguns detalhes que treinamos, sobre o que precisamos fazer. A gente entra mais ligado. Queremos dar consistência ao time. A cobrança em cima dessa linha da defesa vai ser sempre maior, não só dos dois zagueiros. Quando time não está bem, sobrecarrega – disse o zagueiro ao site Globo Esporte.
Antes da parada da Copa América, o Flamengo levou nove gols em nove rodadas do Brasileiro. Na era Jorge Jesus, são dez gols sofridos em 11 partidas e o time dá sinais de que conseguiu equilibrar melhor seu potente ataque, o melhor da competição, com uma sistema defensivo mais sólido.
A vitória por 2 a 1 sobre o Cruzeiro, no último sábado, marca o início de uma maratona de jogos do Flamengo, que na próxima quarta enfrenta o Internacional, no Maracanã. No domingo, também em casa, o adversário é o São Paulo. Na quarta da próxima semana, dia 2 de outubro, o esperado duelo com o Grêmio, em Porto Alegre, pela partida de ida da semifinal da Libertadores.
O Fla é o líder do Brasileiro com três pontos de vantagem sobre o Palmeiras, segundo colocado.
Retirado de: Globo Esporte