Prestes a oficializar as sedes da final da Libertadores (Maracanã) e Sul-Americana de 2020, a Conmebol está em fase de discussão dos regulamentos dos torneios de clubes para o ano que vem. Um dos itens é o fim do gol fora de casa como critério de desempate no mata-mata. A CBF é partidária da causa.
Na Copa do Brasil, desde 2018 o gol qualificado deixou o regulamento. A entidade brasileira entende que é o momento de estender isso às competições sul-americanas.
A diretoria de competições de clubes da Conmebol tem juntando prós e contras sobre o tema. Ao mesmo tempo, a CBF já fez contato com o presidente Alejandro Domínguez para fazer a ideia avançar.
— Eu já falei para o Alejandro a posição do Brasil e dos grandes clubes, dos que são normalmente os disputantes das competições sul-americanas. É no sentido de não manter o gol qualificado. Entendemos que isso muda o dinamismo da disputa. A gente cita como exemplo o River x Boca desta Libertadores. O River ganhou de 2 a 0 na ida. E se fizer 1 a 0 o jogo praticamente está encerrado para o Boca – explicou ao GLOBO o presidente da CBF, Rogério Caboclo.
Qualquer mudança de regulamento precisa ser referendada pelo Conselho da Conmebol. Há uma expectativa de que o assunto seja resolvido já na reunião desta quinta-feira, em Assunção. Caso haja qualquer mudança de rota, os regulamentos serão chancelados no encontro de novembro.
A princípio, não há um movimento de oposição ao fim do gol qualificado. O presidente Alejandro Domínguez mostra simpatia à medida, segundo o Globo apurou.
A opinião do Brasil ganhou mais peso na Conmebol recentemente com o enfraquecimento da Argentina. Foi por influência brasileira que o presidente da AFA, Chiqui Tapia, perdeu assento no Conselho da Fifa, após críticas à arbitragem durante a Copa América.
Retirado de: O Globo