Na Copa Libertadores, Flamengo ganhou quatro vezes mais do que planejou

Taça da Copa Libertadores da América (Foto: Divulgação/Conmebol)

O desempenho esportivo do Flamengo em 2019 mandou para o espaço, no melhor dos sentidos, o planejamento da diretoria para o ano. A campanha na Libertadores é um exemplo. Não só pelo título em si, mas pelo que ele representa em relação ao orçamento.

Antes da temporada, o Flamengo estabeleceu como meta mínima que a premiação pela campanha no torneio continental seria na casa dos R$ 20 milhões. Aproximadamente, isso corresponde à cota de quem alcança as quartas de final. Como o rubro-negro foi campeão, embolsou quatro vezes mais: R$ 80 milhões.

Até as quartas de final, o Flamengo arrecadou US$ 3 milhões (cerca de R$ 12,5 milhões) na primeira fase, US$ 1,05 milhão (R$ 4,4 milhões) nas oitavas e US$ 1,2 milhão (R$ 5 milhões) nas quartas de final.

O rubro-negro superou às expectativas quando chegou à semifinal contra o Grêmio e embolsou US$ 1,75 milhão (R$ 7,3 milhões). Como desfecho, apenas pela vitória sobre o River Plate em Lima, a premiação foi de US$ 12 milhões (cerca de R$ 50 milhões).

Em 2018, quando foi eliminado nas oitavas de final do torneio continental pelo Cruzeiro, a premiação do Flamengo ficou em cerca de R$ 10 milhões.

O orçamento de 2019 foi formulado inicialmente pela gestão Bandeira de Mello, mas sofreu reajuste em fevereiro, já após a posse de Rodolfo Landim. Em geral, quem atua na área de finanças pondera que a formulação da projeção de receitas usa uma previsão conservadora para definição de valores.

Gabigol beija a taça da Libertadores (Foto: Luka Gonzales/AFP)

Chegar tão alto na Libertadores traz ao Flamengo receitas que ainda serão contabilizadas. Bilheteria é um dos itens. Além disso, há a consequência de jogar o Mundial de Clubes. Um eventual título no Qatar traria R$ 21 milhões. Ser vice-campeão já significaria ganhar R$ 16,7 milhões.

Retirado de: O Globo