Somados, Gabigol e Bruno Henrique marcaram 78 dos 150 gols do Flamengo na temporada 2019 – mais da metade. Ambos são as maiores preocupaçoes da diretoria na tentativa de manter a base campeã da Libertadores e do Brasileiro para 2020.
Do time titular, Gabriel, que fez 43 gols e foi artilheiro das duas competições, e Bruno Henrique, com 35 bolas na rede na temporada, são quem tem mais chance de deixar o clube, o que obrigará agilidade da direção nas primeiras semanas da temporada.
No caso do camisa nove, a volta para a Europa é um desejo que Gabigol não esconde de ninguém. Mesmo que tenha criado uma relação de amor com a torcida do Flamengo. Com o fim do empréstimo junto à Inter de Milão na virada do ano, as partes negociam de forma definitiva nos próximos dias a compra do atacante e um novo contrato de quatro anos.
O impasse ainda existe em relação ao salário. Com vencimentos acima de R$ 1 milhão ao longo do empréstimo, Gabriel quer manter os valores, enquanto o Flamengo aceita uma valorização sem extrapolar seu orçamento.
A situação de Bruno Henrique é diferente, já que ele tem contrato até 2021. Pelo desempenho este ano, a direção do Flamengo o coloca como prioridade na lista de jogadores que terão uma valorização e uma ampliação de contrato. Até para se proteger de interessados do exterior. Mesmo assim, a ideia também é pagar menos de R$ 1 milhão. Hoje o atacante não recebe nem metade disso de salário.
Fato é que, aos 28 anos, Bruno Henrique tem sido sondado por clubes da China e seu agente trabalha por ofertas concretas para levar ao Flamengo em busca de um reajuste. O clube tenta manter o atacante a todo custo, mas sabe que se chegar algo entre 20 e 30 milhões de euros (mais de R$ 100 milhões) a negociação acabará sendo feita.
Nos dois casos, o desejo dos jogadores deve pesar. Se Gabigol, aos 23 anos, ainda sonha em provar seu valor na Europa, Bruno Henrique, mais velho, não tem tanto mercado na elite do futebol mundial. O que facilitaria a permanência.
A dupla também tem como ponto a favor a convocação para a seleção brasileira. Os dois foram lembrados por Tite em 2019 e a tendência é que isso se repita em 2020, ano de Copa América mais uma vez e do ciclo final para a Copa do Mundo no Qatar em 2022.
Retirado de: O Globo