O Flamengo segue em negociações visando a montagem do elenco para 2020. A pauta, no entanto, não envolve apenas possíveis chegada de reforços, mas conversas sobre jogadores que já estão no grupo atual. Nesta quarta-feira (15), Lincoln, agente de Rafinha, esteve no Centro de Treinamento Ninho do Urubu para debater o futuro do lateral.
Ele ficou por horas no local e se reuniu com o vice de futebol do clube, Marcos Braz, e com o diretor executivo da pasta, Bruno Spindel, sobre os próximos passos de Rafinha. Na pauta da conversa, o futuro do astro, que tem uma cláusula em seu contrato que permite uma saída gratuita para o exterior.
“O Rafinha tem contrato até o meio do ano que vem, estamos conversando sobre essa situação”, confirmou o representante do atleta ao UOL Esporte.
Quando optou pelo Flamengo, em meados de 2019, Rafinha tinha propostas para seguir jogando na Europa. Como chegou ao clube carioca sem custos (não foi preciso pagar multa rescisória ao Bayern Munique) seu contrato “ganhou” tal cláusula. Assim, ele pode rescindir com os rubro-negros a qualquer hora se aceitar uma proposta de fora do Brasil. Para o mercado externo, um eventual interessado não precisaria desembolsar nenhum valor ao clube da Gávea. Caso algum brasileiro queira contar com o reforço, a conta seria salgada: em torno de R$ 33 milhões pela liberação.
Em um primeiro momento, a negociação com o clube diz respeito sobre uma tentativa do estafe de Rafinha de melhorar o vínculo atual, estendendo o vínculo – que vai até o meio de 2021 – e aumentando o salário. Além disso, no entanto, o lateral não descarta retomar sua trajetória no exterior. Após o final da temporada 2019, o jogador chegou a se queixar com pessoas próximas da adaptação nos primeiros meses de retorno ao Brasil.
Um dos pontos mais citados foi o excesso de viagens e o pouco tempo para ficar com a família. Ao menos duas pessoas muito próximas a Rafinha confirmaram à reportagem este cenário.
O atleta está em posição confortável, adorado pela torcida e com status de “capitão sem faixa”. Na prática, o clube poderá ampliar o compromisso com o jogador e eventualmente rever as condições financeiras do contrato. Em tese seria uma maneira de o Flamengo evitar o assédio de fora, até mesmo com o fim da cláusula de saída, dependendo dos termos de um eventual novo acordo.
O cenário deixa o Rubro-negro de cabelo em pé, já que o atleta é dono absoluto do posto. Sem Rodinei, emprestado para o Internacional, as sombras do paranaense são João Lucas e Matheuzinho, ambos considerados promissores, mas sem a quilometragem necessária para substituir o camisa 13. A reportagem tentou contato com Braz e Spindel durante a noite, mas não obteve retorno até a publicação do material.
Retirado de: UOL