Vítima de um câncer, ex-repórter e dirigente do Flamengo falece nesta sexta-feira e clube carioca emite nota de pesar

A jornalista Marilene Dabus, primeira mulher a cobrir futebol no Brasil, morreu aos 80 anos nesta sexta-feira, no Rio de Janeiro, vítima de um câncer.

Neste sábado, antes da estreia do Flamengo no Campeonato Carioca contra o Macaé, às 16h (de Brasília), no Maracanã, será respeitado um minuto de silêncio em homenagem à jornalista.

Marilene apareceu para o jornalismo em 1969, em meio a um mercado machista, ao participar de um programa de conhecimentos sobre o Flamengo na TV Tupi. Com o sucesso, assumiu posto de setorista do clube no jornal “Última Hora”.

Entre as várias experiências, Marilene seguiu a carreira como repórter da seleção brasileira na cobertura da equipe formada por João Saldanha, que se preparava para a disputa da Copa do Mundo do México.

A história da jornalista ficou ainda mais forte com a do Flamengo em meados dos anos 70. Próxima a Márcio Braga, integrou a “Frente Ampla pelo Flamengo” e assumiu cargo de Vice-Presidente de Comunicações do clube, sendo responsável por estratégias que contribuíram para o crescimento da torcida nos anos 80.

Foi de Marilene a ideia de apelidar o centro de treinamento de Vargem Grande de “Ninho do Urubu”. Como homenagem, o clube batizou a sala de imprensa da Gávea com seu nome.

Vale destacar que através de suas redes sociais, o clube carioca emitiu uma nota de pesar:

O Clube de Regatas do Flamengo lamenta profundamente o falecimento de Marilene Dabus, primeira mulher repórter a cobrir futebol no Brasil e figura importantíssima na história do clube, chegando a exercer o cargo de vice-presidente de comunicação do Flamengo nos anos 80.

Ela foi pioneira neste departamento e no relacionamento com a imprensa. Emérita e sócia remida, Marilene tinha 58 anos de vida associativa. Nossos sentimentos aos amigos e familiares.

Adaptado de: Globo Esporte