Karolina de Sousa tem apenas oito anos, mas carrega o sonho de ver o Flamengo jogando no Maracanã. Para isso, gravou um vídeo e fez um pedido incomum para pessoas próximas da família: que guardassem latinhas para que pudesse vender e juntar dinheiro para viajar ao Rio de Janeiro.
A pouca idade não a impede de querer ver Gabigol de perto, a maior motivação da pequena rubro-negra.
— Oi, gente! Para quem não me conhece, sou Karolina e tenho o sonho de ir ao Maracanã, no Rio de Janeiro, para ver o Flamengo. Ele ganhando ou perdendo, estou feliz porque vou estar em um jogo. Tenho esse sonho desde agora pois ainda sou criança. Estou juntando latinhas para ver se consigo as passagens. Se você estiver algumas, guardem que eu vou buscar — disse a torcedora.
As condições financeiras da família, que mora na humilde cidade de Itaituba, de apenas 101 mil habitantes no interior do Pará, fazem o sonho ficar longe.
O pai, Josaias Lima, de 42 anos, trabalha como servidor público assim como a mãe, Ana de Souza, de 27. A renda mensal é de dois salários mínimos para uma residência de quatro pessoas, o que faz com que escolhas sejam tomadas. Contas à pagar são prioridade diante do futebol. Viajar então, muito difícil.
Eis que, vendo a situação, Karolina tomou uma atitude. Ao ‘Jogo Extra’, ela conta que “é muito nova e não pode trabalhar”, mas “quis ajudar o pai de alguma forma”. Catar latinhas foi a solução improvisada para ter dinheiro de maneira rápida. Josaias acompanha a filha e soma uma renda extra, mas só a deixa ir até o final da rua de casa. Nas redes sociais, virou sucesso e encontrou pessoas dispostas a encurtar os 3.402,9 km de distância para o Rio de Janeiro.
— Ela gosta de assistir aos jogos comigo e disse que tinha vontade de entrar em campo com o Gabigol. Como somos servidores públicos, nossa renda é pouca, é difícil. Ela perguntou se eu venderia se ela juntasse latinha. Pensei que era só uma brincadeira. Quando vi, tinha o vídeo pedindo para doarem para a gente — conta o pai, que já viu a filha juntar R$ 100 com a coleta.
Atualmente, Karolina cursa o quarto ano no colégio Maria Aparecida e uma professora prometeu à família que doaria a passagem de avião para a criança, caso uma data certa para ir ao Rio fosse confirmada.
Outras pessoas da cidade procuraram a família para ajudar financeiramente. Ainda falta muito, mas de latinha em latinha, a torcida é para que o sonho se realize.
É muito importante destacar que todos os que quiserem ajudar a pequena Karolina, é possível entrar em contato com sua família clicando aqui.