A sequência de jogos neste início de temporada do Flamengo estão cobrando seu preço. Em onze dias, a equipe rubro-negra encarou quatro partidas decisivas e viagem apara fora do país, o que obrigou o técnico Jorge Jesus a escalar uma equipe alternativa na final da Taça Guanabara, neste sábado, contra o Boavista.
A maratona começou na quarta-feira, dia 12 de fevereiro, quando o adversário foi Fluminense pela semifinal da Taça Guanabara. Em um clássico bastante movimentado, o Fla saiu vencedor por 3 a 2.
Quatro dias depois, na manhã de domingo, foi realizada a final da Supercopa do Brasil no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Diante do Athletico Paranaense, o Flamengo teve uma atuação de gala e conquistou o título com uma vitória por 3 a 0.
De Brasília, a delegação rubro-negra partiu para Quito, no Equador, onde na quarta-feira, dia 19, encarou o Inependiente del Valle no confronto de ida da final da Recopa Sul-Americana. Jogando na altitude de 2.800 metros, o Fla saiu atrás no placar, virou o jogo e sofreu o empate aos 45 minutos em cobrança de pênalti.
A equipe retornou ao Brasil na quinta-feira e no sábado venceu o Boavista de virada por 2 a 1 e conquistou a Taça Guanabara, primeiro turno do Campeonato Carioca.
Contrariando sua filosofia de trabalho, Jorge Jesus escalou o time para a partida no Maracanã com apenas dois titulares entre os onze iniciais, o zagueiro Gustavo Henrique e o atacante Gabigol, sendo que este não esteve no Equador pois estava suspenso.
O técnico admitiu após o confronto que o nível de desgaste no elenco está acima do normal, e que não teve alternativa a não ser poupar um número elevado de jogadores.
“Normalmente não mudamos tantos jogadores. Mas o jogo que tivemos no Equador foi completamente diferente. É um desgaste enorme. Achei que neste jogo teria que mexer mais do que habitualmente faço no time,” explicou o treinador.
“Depois que voltamos do Equador, analisando o jogo e a carga que teve, o que poderia acontecer à equipe se jogasse hoje. Jogaria no limite do risco da lesão. Tentamos não correr este risco,” completou.
Na próxima quarta-feira, o Flamengo encerra a sequência de jogos decisivos encarando novamente o Indpendiente del Valle no confronto que valera o título da Recopa, desta vez no Maracanã.
Quatro jogadores considerados titulares podem ficar de fora desta decisão. Os casos mais complicados são os de Bruno Henrique e Rodrigo Caio e as chances deles estarem em campo são remotas. O atacante teve lesão diagnosticada no ligamento colateral medial do joelho direito e um estiramento na cápsula lateral no local após se chocar com o goleiro do Independiente del Valle no lance do primeiro gol do Flamengo.
“A recuperação está indo bem, estou fazendo tratamento para voltar o mais rápido possível. Não sei, estou fazendo tratamento intensivo para diminuir os dias fora. É tratar para ficar bem. Ficar de fora é sempre ruim, mas nosso time tem muita qualidade,” disse Bruno Henrique.
Já o zagueiro sofreu uma lesão muscular no adutor da coxa esquerda.
“Recuperação vai indo bem, a cada dia me sentindo melhor. É difícil eu falar, estou tentando recuperar o mais rápido possível. Não tem previsão, é difícil falar se vai ser hoje ou a dez dias. É importante recuperar bem para voltar o quanto antes,” afirmou Rodrigo Caio.
Além deles, o meia Arrascaeta e o lateral Rafinha são os que mais preocupam pelo desgaste e podem não estar entre os titulares na decisão.
“Arrascaeta, Rafinha, Bruno Henrique… Principalmente estes três, não sabemos antes se serão recuperados até quarta. Dos três, não sei. Tenho alguma dúvida. Talvez o Rafinha. Mas estou habituado que o departamento médico do Flamengo faça milagres,” disse Jorge Jesus.
O elenco do Flamengo ganhou folga neste domingo e retorna aos treinos nesta segunda-feira, no CT do Ninho do Urubu.
Retirado de: Gazeta Esportiva