Após a vitória do Flamengo por 4 a 1 sobre a Cabofriense, pela estreia na Taça Rio, Marcos Braz falou com a imprensa na zona mista do Maracanã para dar um posicionamento oficial do clube sobre Bruno Henrique.
O atacante foi parado em uma blitz da Lei Seca na madrugada deste sábado na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, e apresentou uma carteira de habilitação de São Paulo que não constava no sistema de informática do Detran-RJ. Por conta disso, ele está sendo investigado.
Bruno Henrique se apresentou normalmente na manhã deste sábado, no Ninho do Urubu, para dar sequência ao tratamento no joelho. Internamente, o caso foi passado para o vice-presidente de futebol rubro-negro, que deu detalhes da abordagem ao atacante e saiu em defesa do jogador.
— Falei muito rápido com ele. Primeiro, deixar bem claro que a Lei Seca para todos nós é um excelente programa, é contundente, a população aprova. É muito importante para a prevenção dos acidentes. A gente teve um atleta que foi solicitada a parada, ele parou, fez o procedimento, entregou a carteira, a documentação do carro, não quis fazer o bafômetro, se sentia desconfortável, achava que estava no limite ali e posterior a isso aí foi avisado que havia um problema que não aparecia nos registros, na parte dos sistema. Foi à delegacia, fez os procedimentos normais. Está chateado, mas também está tranquilo porque fez todos os procedimentos legais e aguarda o que vai dar daqui para a frente.
— Ele está em tratamento. Não jogo esse jogo, vai continuar no Rio. Em relação a um documento falso, ainda é muito cedo, você passa por perícias, algumas situações. O atleta vai se colocar à disposição das autoridades para qualquer caso em que seja arguido. Ainda não solicitou ao Flamengo qualquer tipo de ajuda, mas se pedir será prontamente atendido. Se na frente tiver algum problema, aí veremos o que aconteceu
Segundo o delegado Giniton Lages, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), a investigação está em andamento e, caso seja comprovado a falsidade do documento, ele poderá ser indiciado por uso de documento falso. O crime prevê pena de até seis anos de reclusão.
De acordo com a 16ª DP (Barra da Tijuca), em consulta ao sistema Infoseg não foi possível localizar a habilitação do jogador. Entretanto na delegacia ele apresentou uma carteira nacional de habilitação. O jogador prestou depoimento, e a carteira apreendida encaminhada para perícia de documento no Instituto de Criminalista Carlos Éboli (ICCE).
Segundo o programa Lei Seca, Bruno Henrique foi multado por dirigir sem habilitação e por ter se recusado a fazer o teste do bafômetro para descobrir se havia traços de álcool no sangue no momento em que foi abordado na blitz. Depois, ele apresentou um condutor habilitado e retirou o veículo.
Com lesão no joelho, Bruno Henrique não foi relacionado para o jogo contra a Cabofriense, neste sábado, e também está fora da viagem para Barranquilla, onde o Flamengo estreia na próxima quarta-feira, na Libertadores.
Retirado de: Globo Esporte