O estrondoso sucesso protagonizado pelo Flamengo continua a repercutir fora das quatro linhas, e agora pode atingir uma nova gigante: a Netflix.
Em guerra com a Globo – que ainda não pode transmitir partidas do Rubro-Negro válidas pelo Campeonato Carioca -, o Flamengo está, de acordo com inúmeras fontes, negociando uma parceria de enormes proporções com a Amazon, empresa mais valiosa do planeta.
A megacorporação norte-americana estaria disposta a estampar seu logotipo no principal espaço da camisa do Flamengo e, com isso, tornar-se a principal patrocinadora do clube carioca. A princípio, esta parece ser uma notícia que nada tem a ver com o universo da TV e da Comunicação, mas alguns dos “efeitos colaterais” desta possível parceria já estão sendo monitoradas por diversas empresas do setor.
Tudo isso por causa de um mercado cada vez mais consolidado e promissor: o streaming.
Amazon x Netflix:
Desde 2006, a Amazon criou seu próprio serviço de streaming, mas foi nos últimos anos, ao rebatizá-lo de Amazon Prime Vídeo, que a empresa tornou-se a principal “dor de cabeça” da Netflix.
Tal qual a rival, a Amazon passou a investir em superproduções próprias e ganhou terreno em todos os continentes. No Brasil, a expansão intensificou-se no ano passado e milhares de brasileiros aderiram ao Prime Vídeo, que, inclusive, apostou em um agressivo valor mensal de R$ 9,90 (inferior ao pacote mais básico da Netflix) para angariar assinantes.
Com o exponencial aumento de visibilidade da marca caso o acordo com o Flamengo se concretize, a expectativa é que a ascensão do Prime Vídeo ganhe um novo capítulo.
A produção de séries documentais sobre a trajetória do Flamengo (algo já feito pelo Globoplay no ano passado) podem ser apenas uma das estratégias utilizadas pela Amazon para impulsionar seu serviço de streaming por aqui. Divulgações do Prime Vídeo na Fla TV e nas mídias sociais do clube também deverão ocorrer.
Receita que parece dar certo:
Atualmente, o banco virtual BS2 é o principal patrocinador rubro-negro, e a satisfação da empresa com o patrocínio é tamanha que, mesmo com a chegada da Amazon, o banco estaria negociando para permanecer com algum espaço na camisa do Flamengo, ainda que fosse nas mangas da mesma.
Prestes a se concretizar, a união entre Flamengo e Amazon pode, parafraseando o atacante Bruno Henrique, conduzir ambos a “um novo patamar”, algo que tanto a Globo quanto a Netflix – cada qual por suas próprias razões – não gostariam que acontecesse.
Créditos do texto: Arthur Vivaqua/RD1