Jorge Jesus revela morte de amigo devido ao coronavírus e se emociona: “Não é uma brincadeira”

Jorge Jesus durante uma partida do Flamengo no Maracanã (Foto: Alexandre Vidal/Flamengo)

Jorge Jesus comandou mais uma vitória do Flamengo neste sábado (14 de março). Com os portões do Maracanã fechados por conta do coronavírus, o rubro-negro venceu a Portuguesa-RJ por 2 a 1 de virada no fim do jogo, em partida pela terceira rodada da fase da Taça Rio.

Em entrevista para a Fla TV após a partida, o treinador do Flamengo revelou que perdeu um amigo em Portugal com o coronavírus, se emocionou e defendeu a paralisação do Campeonato Carioca por conta da pandemia.

“Isso não é uma brincadeira. Eu não tinha a sensibilidade do que era isso. Hoje estou percebendo. É preciso pensar aqui no Brasil que não é só nos outros países. É um vírus que aparece facilmente em todo lado. Isso mexeu com a equipe sentimentalmente. O fato de hoje não estar a torcida também mexeu. Acho que isso vai ter que parar. A próxima rodada, eu penso, que não pode haver jogos do Estadual. A gente tem que defender os jogadores, não são super-homem”, afirmou Jorge Jesus.

Sobre o jogo ser sem a presença da torcida, o português disse que o futebol sem os torcedores não existe.

“Hoje foi tudo emocionalmente complicado. Eu nunca joguei sem torcedores. E espero que tenha sido o primeiro e último jogo. É uma coisa afetiva, que nos sentimos incomodados. É uma prova que não há futebol sem torcedor. Não há hipótese”, completou.

O Flamengo virou a partida com dois gols no fim. Após o duelo, o técnico também destacou a determinação da sua equipe.

“Esta é uma equipe que acredita sempre que pode ganhar. A gente vai massacrando, massacrando… Jogamos contra uma equipe que não tem a qualidade do Flamengo. Jogou fechada, praticamente os 95 minutos dentro da sua defesa, não nos deixando às vezes ter tanto espaço. Mas a gente foi percebendo o jogo deles, fomos introduzindo novos jogadores com outras características, o que deu para mudar o jogo. Se houvesse mais tempo, faríamos mais gols”, concluiu.

Créditos do texto: Rogério Araujo/Torcedores