A volta do futebol no país deve ser seguida de diversas restrições e novidades. Uma delas pode estar relacionada ao uso do VAR. Em um primeiro momento, a tecnologia do árbitro de vídeo pode ser deixada de lado nas competições nacionais.
Enquanto que na Europa discute-se a não utilização do VAR por questões de saúde, no Brasil outro problema surge como impedimento para que o auxílio tecnológico seja usado: a questão financeira dos clubes.
O custo do árbitro de vídeo nas 38 rodadas do Brasileirão é de R$ 19 milhões. Deste total, a CBF arca com R$ 12 milhões e o restante é dividido entre os clubes, o que gera uma despesa de R$ 350 mil para cada um dos 20 clubes da Série A.
Segundo o jornalista Marcelo Rizzo, em sua coluna no Uol, este gasto seria inviável para os clubes a partir do momento que o futebol seja retomado. A princípio, os jogos devem ser com portões fechados, o que reduz (e muito) a receita dos clubes. Há quem afirme que não haverá torcida no futebol brasileiro até o fim de 2020.
O jornalista afirma que dificilmente a CBF arcaria com 100% dos custos do árbitro de vídeo e que a ideia da entidade, no momento, é cortar gastos. Assim como na Europa, a preocupação a saúde dos árbitros deve pesar na decisão.
Ainda segundo Rizzo, a não utilização do VAR não deve afetar o Campeonato Paulista, já que a Federação Paulista de Futebol já pagou pelo uso da tecnologia na fase de mata-mata da competição, que não tem data para voltar.
Retirado de: Goal