Em julho de 2019, Gerson chegou repleto de desconfianças à Gávea: os quase R$ 50 milhões pagos pelo Flamengo para contar com o jogador o tornaram a terceira maior contratação da história de um clube brasileiro. Tudo por alguém que supostamente “não teria dado certo na Europa.”
Bastou o atleta entrar em campo para qualquer desconfiança acabar. Desde seu primeiro minuto com a camisa do Rubro-Negro, Gerson “arrumou” o meio de campo da equipe carioca, se tornou o nome mais consistente da posição, criou o “vapo vapo”, e hoje, já é idolo da torcida.
É aquela velha história: se o meio-campista não deu certo na Europa, azar da Europa. Hoje, menos de um ano depois, ninguém contesta que a melhor decisão da carreira do jogador foi ter abandonado o Velho Continente e retornado ao Brasil. Opinião de Leandro Castán, que esteve junto do flamenguista no Velho Continente e atualmente é seu rival no Vasco da Gama.
“Voltar pro Brasil foi a grande decisão da carreira dele. Parou com isso de ser emprestado pra cá e pra lá, pra jogar da forma que ele sonhava jogar. Aprendeu muito na Itália. É meu rival, desejo sorte, mas nem tanto. Torço para ele jogar bem – e pro time dele perder (risos).” declarou o jogador.
Depois de chegar no continente europeu muito jovem, com apenas 19 anos, Gerson teve uma parada dura pela frente: não conseguiu se adaptar na Roma e não teve oportunidade de jogar onde vem rendendo melhor no Flamengo. Tudo leva a crer que o clube da capital italiana perdeu uma joia.
“Você tem que ser muito disciplinado taticamente na Itália, se não seguir o que pedem, está errado. Ele chegou muito jovem e tímido, não sabiam a posição dele. Ele não se encaixou no que pediram, tentaram colocar mais na frente, mas não deu certo, disputava posição com Salah, com Gervinho, atletas já consolidados. Aí, foi perdendo espaço e acabou emprestado para a Fiorentina.” finalizou Castán.
Se Gerson, mais maduro, conseguiu ir bem na Viola, o atleta preferiu voltar a um dos maiores clubes do Brasil do que rodar em equipes médias da Europa.
Para saber se o jogador teve sucesso na sua escolha, basta perguntar a qualquer torcedor do Flamengo, campeão de (quase) tudo em 2019 e que despontava, antes da paralisação, como favorito mais uma vez em todas as competições que disputaria.
Retirado de: Goal