Havia uma promessa de que 2019 marcaria uma revolução na distribuição das cotas de TV no futebol brasileiro. Afinal, passaria a vigorar um novo modelo de divisão no Campeonato Brasileiro, em TV aberta: 40% do dinheiro seria repartido de forma igual entre os 20 cubes, enquanto 30% teriam relação com a classificação final do torneio e mais 30% de acordo com o número de jogos exibidos pela Globo.
Mas, apesar da novidade, as cotas de TV no Brasil seguem bem desiguais, conforme levantamento feito pelo Blog a partir dos balanços financeiros divulgados pelos integrantes da elite nacional em 2019. O pay-per-view do Brasileirão, as cotas dos estaduais, o desempenho de cada time em outras competições (como Libertadores e Copa do Brasil), além do descontão promovido pela Globo nos prêmios dos times que fecharam em TV fechada com a Turner ajudam a explicar a diferença gigantesca em alguns casos.
O Flamengo, por exemplo, embolsou R$ 329 milhões com receitas de TV na temporada passada. É mais do que faturaram Botafogo, Vasco e Fluminense juntos. Mas a discrepância não se restringe aos rivais do Rio. São Paulo e Santos, somados, ficaram a R$ 109 milhões do Fla.
O ranking abaixo ainda mostra outras situações surpreendentes, como a presença do Palmeiras com a segunda maior receita com TV, superando o Corinthians. O Athletico, campeão da Copa do Brasil e recordista de jogos na Globo durante o Brasileirão, é outra novidade na quinta posição.
Vale lembrar que o levantamento não considerou os dados de Cruzeiro, CSA, Avaí e Chapecoense, rebaixados para a Segundona, tampouco o Atlético-MG, que ainda não divulgou seu balanço financeiro referente a 2019.
Receitas com TV em 2019:
- Flamengo: R$ 329 milhões (em 2018: R$ 229 milhões)
- Palmeiras: R$ 216 mi (R$ 166 mi)
- Corinthians: R$ 190 mi (R$ 197 mi)
- Grêmio: R$ 164 mi (R$ 136 mi)
- Athletico: R$ 159 mi (R$ 86 mi)
- São Paulo: R$ 110 mi (R$ 135 mi)
- Santos: R$ 110 mi (R$ 103 mi)
- Vasco: R$ 97 mi (R$ 99 mi)
- Botafogo: R$ 89 mi (R$ 98 mi)
- Internacional: R$ 84 mi (R$ 101 mi)
- Fluminense: R$ 81 mi (R$ 113 mi)
- Bahia: R$ 80 mi (R$ 75 mi)
- Goiás: R$ 66 mi (R$ 35 mi)
- Ceará: R$ 45 mi (R$ 25 mi)
- Fortaleza: R$ 31 mi (R$ 6 mi)
Retirado de: Jorge Nicola/Yahoo