O Flamengo deu um passo à frente para expandir a atuação no esporte eletrônico. Segundo o diretor de eSports Fred Tannure, o clube autorizou a entrada no competitivo de Free Fire e de Pro Evolution Soccer (eFootball PES 2020 a atual versão). O dirigente revelou o aval durante uma live neste domingo com o técnico do time de League of Legends do Rubro-Negro, Thiago “Djoko”.
Apesar da ligação com o futebol no PES, o investimento que acaba chamando mais atenção é o Free Fire. O battle royale da Garena é o game mobile mais jogado no Brasil e tem inclusive o Corinthians como atual campeão mundial.
— Ter outra modalidade sempre esteve no radar. O Flamengo autorizou, algumas semanas atrás, a nossa entrada no Free Fire. Eu tive que montar um dossiê muito explicativo, uma apresentação muito fluida de por que o Free Fire. Às vezes você precisa dar referências dos esportes tradicionais para o Flamengo compreender com mais facilidade. Por exemplo, o YouTube de Free Fire do Corinthians tem mais seguidores do que o YouTube do Corinthians oficial. São esses detalhes que fizeram o Flamengo perceber que faz sentido estar – revelou Tannure.
O dirigente ainda explicou que houve conversas para entrar direto na Série A da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF), a divisão de elite do jogo no Brasil, ainda em 2020. E que a confusão nos bastidores dificultou um investimento mais rápido – a americana Simplicity e a Team oNe assumiram a gerência de eSports do Flamengo no início da temporada, mas a parceria foi desfeita em abril em meio à pandemia do novo coronavírus; reservas do time de LoL foram demitidos, mas dois deles logo foram reintegrados; e o suporte Han “Luci” foi para a Coreia do Sul no meio do 1º Split do Campeonato Brasileiro de League of Legends (CBLoL) para tratar de problemas de saúde, segundo o clube, e voltará ao Brasil para a próxima etapa.
— Conversamos com um time da primeira divisão, mas não posso dar detalhes. Eu gostaria muito de entrar na primeira divisão porque vocês merecem. É extremamente estratégica nossa entrada no Free Fire, mas tivemos alguns problemas como a saída da Team oNe, do Luci e etc. – contou Tannure.
O Flamengo atua nos eSports desde o fim de 2017, mas desde então vinha se limitando ao League of Legends, um dos jogos de PC mais jogados no Brasil e com grande audiência no esporte eletrônico fator esse que levou o clube a pensar também no Free Fire. Já o Pro Evolution Soccer, outro jogo para qual o Rubro-Negro deu sinal verde, a relação é com o próprio futebol, assim como fazem diversos times mundo afora.
— O Flamengo também autorizou nossa entrada no Pro Evolution Soccer. Apesar de não ter valor significativo em números, faz muito sentido estar no futebol virtual, principalmente o Flamengo, que tem um excelente contrato de licenciamento exclusivo com a Konami – apontou Tannure.
No jogo da Konami, desde 2016 o Flamengo participa do e-Brasileirão, campeonato de eSports oficial da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O representante do clube é sempre definido por meio de seletivas entre torcedores de todo o país.
O Flamengo tem um título oficial nos eSports: o 2º Split do CBLoL 2019, conquistado no Rio de Janeiro. O clube foi vice em todos os outros campeonatos nacionais oficiais que disputou até o momento: três vezes no CBLoL e uma no Circuito Desafiante, a segunda divisão do LoL brasileiro.
Retirado de: Globo Esporte