Esta semana, o deputado federal Pedro Paulo (DEM-RJ) apresentou uma proposta de emenda à Medida Provisória que dá os direitos de arena das partidas de futebol ao mandante dos jogos e desagradou ao Flamengo, um dos principais entusiastas da MP. Nela, o texto obriga os clubes a formarem uma liga para organizar os campeonatos e negociar os direitos de forma conjunta, algo que também vem sendo debatido amplamente no âmbito esportivo.
“A partir do início da temporada esportiva do ano de 2022, as atuais Séries A e B do campeonato profissional de âmbito nacional da modalidade futebol masculino deverão ser organizadas e desenvolvidas por liga profissional de futebol com personalidade jurídica distinta da dos seus membros, constituída pelas entidades de prática desportiva da modalidade”, diz o artigo 2 da emenda.
O Flamengo encara a obrigação de formação de uma liga como algo retrógrado e que não respeita a liberdade dos clubes. O Rubro-Negro até entende que a criação de uma liga pode ser algo interessante, mas discorda da obrigatoriedade. A diretoria trabalha junto ao governo federal em busca de liberdade para negociar seus direitos. Além disso, o clube já conversa com outros entusiastas da MP como Bahia, Athlético, entre outros.
O vice de relações externas do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, explicou por que o Flamengo é contra a emenda de Pedro Paulo.
“Eu estou numa prisão há 21 anos e o cara quer me libertar, me soltar, mas me colocar num cativeiro. Ele acha que vai me separar na força da caneta e vai escolher uma pessoa com quem eu vou casar. Se você tivesse que resolver a sua vida profissional, você ia terceirizar suas decisões? A gente não faz isso porque não faz sentindo”, argumentou.
Retirado de: Goal