A parceria entre Sesc-RJ e Flamengo pode ser a oportunidade de Bernardinho conquistar o tão sonhado título de campeão mundial de clubes. Em entrevista publicada pelo canal do Flamengo no Youtube, a FlaTV, o treinador falou das metas do projeto e contou que o clube pensa grande, ainda que o orçamento para a primeira temporada não seja dos maiores.
“Vamos fincar as bases para crescer. Nosso sonho é grande. O Flamengo quando pensa é Sul-Americano, Mundial. A gente pensa nisso, mas precisa de tempo. Não adianta conseguir um investimento altíssimo que dure dois anos. Precisa ser algo que dure décadas”, explicou.
Doze vezes campeão da Superliga com o Rio de Janeiro Vôlei (antes Curitiba Vôlei), Bernardinho segue como técnico desse clube, que agora veste a camisa do Flamengo. Em Mundiais de Clubes, a equipe foi vice-campeã em 2013 e 2017, perdendo nas duas ocasiões para o VakıfBank, da Turquia.
Anunciada há duas semanas, a parceria Sesc-RJ ainda não anunciou reforços, o que deve acontecer a partir dessa semana. A tendência é que o elenco não seja recheado de estrelas. “A expectativa é alta. Vamos brigar? Vamos brigar. Somos favoritos? Longe disso. O orçamento de quatro (times) pelo menos são maiores que o nosso”, explicou Bernardinho à FlaTV. Essas equipes seriam Praia Clube, Minas Tênis Clube, Sesi/Bauru e Audax/Osasco. O São Paulo/Barueri, de José Roberto Guimarães, fecha o Top6 do vôlei nacional feminino.
Assim como na entrevista coletiva de anúncio da parceria, Bernardinho exaltou a possibilidade de construção de um projeto longevo no Flamengo, revelando jogadoras. Ainda que o treinador seja proprietário da Escola de Vôlei Bernardinho, que tem 17 unidades no país e 13 apenas na cidade do Rio, o clube dele não tem equipes de base, algo que é forte no Flamengo.
“A gente alimenta os clubes do Rio, só que eu não tenho a base. A associação vai nos dar a possibilidade de estimular uma base cada vez mais forte. A ideia é que se torna um projeto longevo, autossustentável, que permaneça. Quero que daqui uns anos o vôlei seja visto no Flamengo como o remo é, o basquete é, com os pilares muito firmes”, explicou.
Promovido da Superliga B em 2019, o Flamengo foi 10º colocado na sua reestreia na primeira divisão e abriu mão de sua vaga na elite do vôlei brasileiro para jogar pelo CNPJ do Rio de Janeiro Vôlei na próxima temporada. Existe a possibilidade de o Flamengo se inscrever na Superliga B e disputá-la com um time mais jovem, formado por meninas das categorias de base, como o clube chegou a estudar fazer no basquete.
Retirado de: UOL