O afastamento do governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC) do cargo não causará impactos na administração atual do Maracanã, feita por Flamengo e Fluminense. Os clubes, inclusive, já têm encaminhado junto ao Governo do Estado a renovação da permissão de uso do estádio, que vence em novembro, por mais seis meses. A motivação era a pandemia do novo coronavírus.
Apesar disso, o processo de licitação está em andamento para a concessão definitiva do Maracanã por 35 anos, e o Flamengo aguarda confiante a análise das empresas que apareçam como concorrentes.
A diretoria rubro-negra já mantinha contatos diretos com o vice-governador, Cláudio Castro, em meio às investigações da Polícia Federal sobre o governador e sua mulher, Helena Witzel, desde maio.
Além do Maracanã, o clube tem projetos incentivados na Secretaria de Esporte, Lazer e Juventude (Seelje), a cargo de Felipe Bornier, que dialoga desde o ano passado com o Flamengo sobre o Maracanã.
A parte administrativa e prática da renovação da permissão de uso é tocada no clube pelo responsável pela empresa Fla-Flu, que administra o estádio em nome dos clubes, Severiano Braga.
Flamengo e Fluminense gerem o complexo através dessa empresa, que é uma sociedade de propósito específico (SPE).
A intenção é que, assim como a renovação que ocorreu em maio, não haja mudança nos termos financeiros neste novo contrato. Os aluguéis para jogos custam R$ 90 mil.
Além disso, os clubes seguem com a responsabilidade dos custos de manutenção, estimados em R$ 2 milhões por mês, e uma quantia de R$ 1 milhão repassada ao Governo, dividida em seis parcelas ao longo dos 180 dias.
Retirado de: O Globo