Os clubes cariocas são, de longe, os que mais perdem dinheiro pela falta de público nos estádios. Juntos, Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo respondem por quase 35% do total de prejuízo acumulado até a 9ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Isso significa um total de pouco mais de R$ 2,1 milhões de despesas acumuladas como arbitragem, dopagem, segurança e custos de operação dos estádios. Essas verbas seriam, normalmente, compensadas com a venda dos ingressos, fato que não acontece no momento por conta da pandemia de Coronavírus.
O Fluminense ainda não divulgou o boletim financeiro da partida contra o Flamengo e já tem prejuízo acumulado de R$ 753.672,81, pouco à frente justamente do rubro-negro, que registra saída de R$ 732.091,73 em quatro jogos como mandante.
A dupla lidera com folga o ranking de prejuízo porque precisam pagar aluguel para o Maracanã. De acordo com os boletins financeiros, são ao menos R$ 30 mil pagos para poder atuar no estádio.
O Botafogo vem em seguida com R$ 335.117,24 de prejuízo acumulado. Apesar de não pagar aluguel segundo o boletim financeiro, o time de General Severiano tem um custo de quase R$ 40 mil que é classificado apenas como “despesa operacional”.
O Vasco também não paga aluguel para atuar em São Januário, mas os boletins financeiros apontam para uma “despesa operacional” de mais de R$ 20 mil por jogo. No total, são pouco mais de R$ 330 mil de prejuízo em quatro jogos como mandante. A equipe ainda não divulgou os gastos da partida contra o Atlético-GO.
O Atlético-MG tem situação parecida e também tem uma média alta de gastos com as partidas no Mineirão. O boletim não registra aluguel, mas a despesa operacional de cada partida ultrapassa os R$ 50 mil.
Como mostrou este blog, a Ferj, que representa os clubes cariocas, tem a intenção de liberar público nos estádios o mais rápido possível e tratará, em reunião desta semana, a possibilidade de voltar a vender ingresso a partir do dia 4 de outubro. A CBF ainda precisa ser consultada e dar o seu aval para que isso aconteça.
Retirado de: Danilo Lavieri/UOL