No primeiro semestre de 2020, clubes de futebol brasileiros aumentaram seus endividamentos em pelo menos R$ 800 milhões. Quase todos muito prejudicados pela pandemia do coronavírus, pela suspensão de competições e pela interrupção de receitas neste período.
O número faz parte de levantamento feito pelo portal ‘Globo Esporte’ com base em balancetes publicados pelos próprios clubes até o momento. Como não existe obrigatoriedade por meio de legislação, nem todos os dirigentes publicam os documentos. Apenas os mais transparentes e organizados.
Os números compreendem os seguintes clubes: Bahia, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Santos, São Paulo e Vasco. Os demais clubes do Campeonato Brasileiro não publicaram balancetes em seus sites. Palmeiras e Fluminense tinham esse hábito até pouco tempo atrás, mas o abandonaram. O restante nunca avançou nesse sentido em termos de transparência com torcida e mercado.
As dívidas…
O Cruzeiro tem a maior dívida entre os dez clubes analisados, com R$ 983 milhões até a data de fechamento do balancete em 31 de maio*. Esta é a primeira vez na história que a associação publica a visão parcial de suas contas. O balancete de 30 de junho ainda não está pronto.
Em todos os outros casos, o levantamento compreende os seis meses entre janeiro e junho. O critério para o cálculo do endividamento é o mesmo adotado pelo ‘Globo Esporte’ na série sobre as finanças dos clubes, publicada anualmente com base nos balanços – todas as dívidas, menos o caixa.
A maior variação neste período pertence ao Corinthians, com o acréscimo de R$ 237 milhões em novas dívidas em apenas seis meses. É o caso mais grave neste semestre prejudicado pela pandemia. O Cruzeiro teve o segundo maior aumento, e o Flamengo teve o terceiro.
Retirado de: Blog do Rodrigo Capelo