O Flamengo acionou, na noite de hoje (24), o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) com um pedido de tutela de urgência solicitando o adiamento da partida contra o Palmeiras, pelo Campeonato Brasileiro, marcado para este domingo, no Allianz Parque. O Rubro-Negro indica como motivo o surto de contágio de Covid-19 que acometeu o elenco nos últimos dias. O caso foi encaminhado para análise do presidente da entidade, Otávio Noronha.
O clube da Gávea tem 16 jogadores infectados, fora membros da comissão técnica, departamento de futebol e da diretoria. As contaminações aconteceram durante a viagem do elenco ao Equador, onde o time comandado por Domènec Torrent encarou o Independiente del Valle e o
Barcelona de Guayaquil, pela Libertadores.
“[Questão de] Saúde. Questão desportiva é consequência que não é fundamento. Ou seja, questão desportiva objetiva que não analisa a especificidade do caso. Quem pode dizer se estão aptos? E a comissão técnica? E o roupeiro, massagista, médicos etc que foram expostos ao vírus? Todo o suporte técnico está exposto. Os atletas em campo são apenas a última ponta de todo um serviço prestado por pessoas que foram expostas”, disse Michel Assef Filho, advogado do Flamengo, ao UOL Esporte.
De acordo com o Rubro-Negro, houve a inscrição de 34 atletas no Brasileiro, mas apenas 12 estão à disposição para entrar em campo contra o Verdão, sendo três goleiros — Diego Alves, Gabigol e Pedro Rocha já não estavam aptos e, além disso, Hugo Moura, Piris da Motta e Rafinha não estão mais no clube. Vale ressaltar ainda que o STJD e a CBF têm usado como parâmetro que o time tem de ter 13 jogadores para atuar.
“Vamos adotar o mesmo critério da Uefa. Se o Flamengo tiver 13 atletas disponíveis, a bola rola [contra o Palmeiras]”, afirmou Walter Feldman, secretário-geral da CBF, à ESPN.
Um outro ponto destacado pelo clube carioca é que os profissionais que dão suporte ao elenco foram expostos ao vírus, o que impede que exerçam suas atividades até a data da partida.
O Flamengo anexou ainda um parecer médico assinado pela Dra. Sylvia Pavan Rodrigues de Paula, no qual é apontado ser um risco sanitário aos participantes da partida e é recomendado o adiamento de outros compromissos dentro do período de 10 a 14 dias a contar do último resultado positivo, que foi na quarta-feira (23).
A cúpula lembrou também que a partida CSA e Chapecoense, pela Série B do Brasileiro, teve a data alterada em razão de um surto de covid-19 entre os atletas do clube alagoano, indicando, assim, um precedente semelhante.
Retirado de: UOL Esporte