Um resultado positivo e muitas vitórias para o Flamengo. O 3 a 1 da noite de quarta-feira no Maracanã, sobre o Junior Barranquilla, pela Libertadores, deve ser analisado por muitos pontos de vista. E o principal deles é o sucesso no planejamento de Domènec Torrent na equação: descansar titulares + dar rodagem e confiança aos reservas = ter o elenco na ponta dos cascos para série decisiva que vem pela frente.
Quando escala um time praticamente completo de jogadores que não vão estar em campo domingo contra o Internacional (a dúvida está no substituto do suspenso Bruno Henrique), Dome evidencia a importância do duelo do Beira-Rio e dá uma oportunidade de ouro para quem busca espaço. Quem não gostaria de ser “testado” na Libertadores? E foi isso que fez o Flamengo começar a mil por hora diante dos colombianos.
Com Vitinho mais uma vez centralizado atrás do centroavante e muito à vontade na função, o Flamengo tinha volume e superioridade pelos lados do campo. O camisa 11 se aproximava para triangular com Matheuzinho e Michael na direita, com Bruno Henrique e Renê na esquerda, e ainda chegava na área para finalizar.
Foi assim que o Flamengo sufocou o Junior no início da partida e explorou os espaços nas costas dos dois laterais. O próprio Vitinho já tinha acertado o travessão quando Thuler abriu o placar aos dez minutos após Léo Pereira escorar escanteio.
O jogo era praticamente ataque contra defensa e chamava a atenção a velocidade com que o time fazia o balanço com a bola de uma banda para outra do campo. Abria espaços e os atacava com objetividade. Movimentos que lembraram o 5 a 1 contra o Corinthians.
Sequência de jogos do Flamengo
- 25/10 – Inter (1º no Brasileirão)
- 28/10 – Athletico (Copa do Brasil)
- 01/11 – São Paulo (4º no Brasileirão)
- 04/11 – Athletico (Copa do Brasil)
- 07/11 – Atlético-MG (3º no Brasileirão)
No raro momento em que o Junior tentou se aventurar no ataque, o Flamengo foi fatal. Diego esticou para Bruno Henrique, que serviu Lincoln para golaço de primeira. Mais do que o 2 a 0 no placar, o lance condicionou até os avanços colombianos. Se lançar para frente era um perigo.
O segundo tempo foi praticamente de um time só. Em ritmo de treinamento, o Flamengo já com os jovens Gomes e Lázaro criava e sufocava. De tão fácil, o time se desconcentrou e foi vazado em contragolpe bem aproveitado por Téo Gutiérrez. Vacilo até compreensível para o que se desenhava em um jogo que mais parecia um treinamento de ataque.
O gol foi incapaz de fazer o time da Colômbia acelerar o jogo e ainda houve tempo para Bruno Henrique fechar o placar em cabeçada de manual. Vitória, liderança e fôlego.
O Flamengo da maratona chega para a série decisiva da temporada com o time principal descansado e boas opções no banco. Com Vitinho e Lincoln renascidos, fica a dúvida sobre quem entra no lugar de Bruno Henrique em Porto Alegre. A confiança de ambos está nas alturas.
Retirado de: Globo Esporte