Flamengo vê média de gols sofridos menor com Diego Alves e encaminha renovação

Goleiro Diego Alves durante treinamento do Flamengo (Foto: Marcelo Cortes/Flamengo)

A derrota por 4 a 1 sofrida para o São Paulo no último domingo reacendeu o debate sobre o desempenho da defesa do Flamengo nos últimos meses. São 25 gols sofridos em 19 rodadas – e apenas três jogos sem levar gol no primeiro turno no Campeonato Brasileiro. Tal desempenho já vinha sendo debatido internamente no clube em meio à discussão da renovação de contrato do goleiro Diego Alves.

Ainda que o jovem Hugo Souza venha se destacando e atraindo os holofotes, são os números de Diego Alves que chamam a atenção do departamento de futebol.

Contando ainda o desempenho em Libertadores e Copa do Brasil, o Flamengo foi vazado 26 vezes em 18 jogos que não contou com Diego (revezando César, Gabriel Batista e Hugo), numa média de 1,44 gols sofridos por partida. Com o titular, uma média melhor: seis gols em seis jogos desde o início das três competições que ocorrem atualmente.

A segurança no “01”, como ele costuma ser chamado, vem de longa data. Diego Alves segue com a menor média de gols sofridos entre os que defenderam o clube neste século (com mais de 100 jogos) – 0,82 por partida. Na temporada atual, essa média é ainda menor, de 0,7 – próxima a média de 2019, de 0,72.

Com o experiente goleiro em campo, o Flamengo tem um aproveitamento de 66%, com 89 vitórias e 34 empates nos duelos em que o rubro-negro somou pontos quando teve seu titular.

Credencial badalada na época de sua contratação, a boa média em pênaltis foi mantida no Flamengo. Diego defendeu dez das 37 cobranças feitas contra ele com a camisa do Flamengo.

Tais números espantaram qualquer desconfiança no debate interno sobre sua permanência. O clube não pensa em ter apenas Hugo Souza como opção de confiança e já decidiu que vai trabalhar com o jovem e Diego.

“O Diego Alves é uma pessoa importantíssima nesses dois anos em que eu estive ao lado dele, de janeiro de 2019 para cá. Um dos líderes, uma das pessoas que contribuem muito, inclusive no nosso dia a dia, na tranquilidade. Os 90 minutos jogadores são importantíssimos, mas para chegar ali bem preparado você precisa ter um ambiente de tranquilidade. E o Diego contribui muito para isso. Parte financeira é normal. Trato com naturalidade. Estamos trabalhando em cima disso [renovação]. Se a gente não tivesse interessado, já teria falado com ele. A gente nem pensa nisso [não renovar com o goleiro]”, disse o vice-presidente de futebol, Marcos Braz, em entrevista à jornalista Isabelle Costa neste último fim de semana.

A expectativa de Diego e de seu estafe é que um novo vínculo – de dois anos – seja definido nos próximos dias. O goleiro já sinalizou aos dirigentes que topa a proposta apresentada, reforçando o desejo de permanência no rubro negro.

Retirado de: UOL