Flamengo prevê mercado da bola em 2021 mais conservador

Bruno Spindel, Pedro Rocha e Marcos Braz na apresentação oficial do jogador (Foto: Felipe Schmidt)

Grande protagonista do mercado da bola desde 2019, o Flamengo prepara passos mais cautelosos para os ajustes necessários para a temporada de 2021. Em tempos de pandemia, até o clube rubro-negro vai trocar grana por criatividade.

Embora o futebol ainda role —com o time dirigido por Rogério Ceni ainda à busca do Brasileirão—, a diretoria rubro-negra espera começar a desenhar a temporada de 2021, de fato, com mais calma a partir das próximas semanas. O tema é debatido internamente, mas Ceni e a cúpula de futebol iniciarão conversas mais concretas a partir da próxima semana.

Sem muito dinheiro disponível para investir, em comparação com os anos anteriores, o Fla dificilmente fará investidas como as que resultaram nos negócios de Arrascaeta e Gabigol, por exemplo, e projeta com cautela seus movimentos futuros. Agora, ao menos para os padrões assimilados pela torcia rubro-negra em tempos recentes —consideremos, de todo modo, que o clube já definiu a compra dos direitos do centroavante Pedro em seis parcelas que serão desembolsadas durante os próximos meses.

Uma tendência é que jovens emprestados tenham mais vez ao retornar ao Ninho do Urubu, o que é o caso do atacante Yuri César, jogador que teve bons momentos com Ceni no Fortaleza. Um “luxo” como Pedro Rocha, que custava muito por mês, foi sempre reserva e pouco devolveu em campo, não deverá se repetir.

O Rubro-Negro não descarta nomes de peso, é claro, porém a voracidade tem tudo para ser menor. Apenas no ano passado, os rubro-negros foram com sede para as compras e trouxeram nomes como os badalados Isla, Gustavo Henrique, Léo Pereira e Michael. Pedro Rocha, Thiago Maia e Pedro vieram por empréstimo.

E aí lembramos que o centroavante, contratado em definitivo após transação com a Fiorentina, já entra no bolo dos investimentos feitos para o ano que se inicia. Os cerca de R$ 87 milhões necessários para a quitação já comprometem um bom pedaço do montante previsto para investimento em reforços.

O cenário de cintos um pouco mais apertados deve-se em grande parte à covid-19. Em tempo de pandemia, os rubro-negros estimam que os estádios não estarão abertos ao público antes do final de março.

Apesar do cenário pessimista para este fim de ano, os rubro-negros foram arrojados em seu orçamento, visto que há previsão de receita de R$ 953 milhões. Deste total, R$ 168 milhões são provenientes de transferência de jogadores.

Retirado de: UOL