O “Caso Gerson” acaba de ganhar mais um capítulo. A Procuradoria do STJD pediu a abertura do inquérito para apurar a denúncia de injúria racial feita pelo atleta Rubro-Negro contra Ramírez, do Bahia, na partida envolvendo as duas equipes. Maurício Neves foi auditor sorteador para processar o inquérito. A Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância também investiga o acontecimento, mas na esfera criminal.
O caso deve ser enquadrado no Art. 243-G do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência.
A previsão de pena é de suspensão de cinco a dez partidas, se praticada por atleta, mesmo se suplente, treinador, médico ou membro da comissão técnica, e suspensão pelo prazo de 120 a 360 dias, se praticada por qualquer outra pessoa, além de multa, de R$ 100 a R$ 100 mil.
Segundo o Flamengo, Gerson afirmou que o zagueiro Natan também ouviu a injúria. Por ter tido uma discussão com Ramírez, Bruno Henrique também foi citado. O atleta do Bahia negou as acusações.
Todas as imagens e áudios disponíveis foram solicitados pela Procuradoria, que sugeriu que Gerson, Ramírez, Natan, Bruno Henrique, o técnico Mano Menezes, além do árbitro e seus auxiliares sejam ouvidos.
O depoimento de outras partes ainda poderá ser pedido pelo auditor responsável. O prazo é de 15 dias, com possiblidade de prorrogação por mais 15, para a conclusão.
Retirado de: O Dia