A Conmebol não pagará aluguel pelo uso do Maracanã na final da Libertadores à dupla Fla-Flu que administra o estádio. Nem haverá qualquer valor repassado ao Governo do Estado do Rio de Janeiro. A cessão se dará de graça pelos termos do acordo.
Pelos termos da concessão provisória, Flamengo e Fluminense administram de forma conjunta o Maracanã. Mas o acordo para o uso do estádio foi feito entre o Governo do Estado e a Conmebol.
O governo aceitou a cessão de graça porque entendia que a final era o segundo maior evento esportivo do continente e, portanto, atrairia público e movimentaria a economia. O contrato foi assinado anteriormente à pandemia do coronavírus. Com a crise, foi vetada a presença de torcedores e esses planos foram inviabilizados.
No caso do Flamengo e do Fluminense, havia uma expectativa de que, com público, os clubes pudessem ter pelo menos algum retorno financeiro. Sem isso, aceitaram que a cessão para o jogo e por um período de 15 dias será gratuita. Os dois times tiveram que transferir seus jogos para outros estádios durante o período.
Em comparação, na Copa América, o consórcio que administra o estádio ganhou R$ 1,7 milhão com o aluguel pelo período de um mês. Dentro do clube rubro-negro, há a compreensão de que havia um contexto diferente pela presença de público e pelo período maior.
A Conmebol arcará com todos os custos de operação e decoração do Maracanã. Como legado, deixará uma reforma no gramado do estádio que está em estado bem melhor do que quando utilizado para jogos do Brasileiro. Foi contratada a especialista Maristela Kuhn, que atuou como consultora na Copa-2014. Na sexta-feira, véspera da final, é perceptível o incremento na qualidade do campo.
Retirado de: Blog do Rodrigo Mattos — UOL