Há apenas dois anos no Flamengo, Gabigol já tem história para contar no clube. O atacante conquistou sete títulos e vem conquistando seu espaço como um dos maiores artilheiros da história rubro-negra. Como se não bastasse as conquistas, os gols e o bom futebol apresentado, o atacante recebeu o respaldo do maior ídolo do clube. Em conversa com o Jornal O Dia, Zico acredita que Gabigol tem tudo para se tornar um dos maiores da história do Flamengo. O Galinho ainda deu uma dica para o atual camisa 9 continuar fazendo mais história na Gávea.
“Eu acho que o Gabigol tem tudo pra ser o maior atacante da história do Flamengo. Está chegando lá. Sua performance cada vez melhor, se consolidando como um dos grandes. Ele já entrou pra história. Ele é jovem e pode fazer muito mais ainda e tomara que consiga. Ele fazendo isso é sempre bom pra dar alegrias ao torcedor Rubro-Negro. E é lógico que a gente sempre espera isso de um cara que tem um potencial que ele tem”, afirmou, o Galinho, para depois aconselhar.
“É continuar firme, se cuidando, porque a cada momento bom dele, ele passa a ser mais vigiado, mais cobrado e isso é normal. As pessoas só cobram de quem pode dar. Que ele continue assim, para que cada vez mais possa aumentar sua performance na história do clube”, concluiu.
Após ser campeão da Libertadores e do Mundial em 81, o time de Zico também teve alguns percalços, assim com o atual grupo do Flamengo, antes de ser bicampeonato brasileiro. No ano da maior conquista da história do clube, aquela equipe acabou eliminada no Brasileirão para o Botafogo. No ano seguinte, perdeu o Carioca para o seu maior rival, Vasco. E depois foi eliminado em casa na Libertadores, para o Peñarol, em 1982. Conquistou o bicampeonato nacional em 82 e 83, mas não passou da fase de grupos na principal competição de clubes do continente em 1983 e viu o Fluminense ser campeão do Estadual naquele ano.
Assim como a geração de 81, o time de 19 também sofreu. Eliminado em casa na Copa do Brasil do mesmo ano. Em 2020 voltou a ser eliminado na Copa do Brasil e caiu em casa para o Racing na Libertadores.
Para Zico, isso é uma marca das duas gerações: superação. A vontade de vencer que fez com que os times passassem por cima das dificuldades e conseguissem os títulos. Para o Galinho, times também se assemelham na vontade de vencer e na qualidade técnica. O ano de 2020 foi atípico no futebol brasileiro, e o Flamengo que vinha de um ano mágico, também sofreu com isso, mas segundo Zico, o final é o que importa.
“Eu acho que há semelhanças sim, muita qualidade técnica, muita vontade de ganhar, muita superação, determinação e é isso que faz um time vencedor”, comparou Zico, que depois fez uma análise sobre a temporada passada no futebol nacional.
“A temporada 2020 foi anormal pra todo mundo. Um time como o do Flamengo, acostumado a jogar com torcida, teve que jogar com o estádio vazio. Mudanças de treinador, chegada de jogadores novos, mesmos que bons, precisa de adaptação. Uns se adaptaram bem, outros não. Eu acho que o importante foi o final. Mas o início foi muito bom, conseguindo as conquistas e no final o time subiu de produção e conseguiu o título. Isso é o que conta”, afirmou.
Perguntado se o time de 2019/2020 já tem um espaço na mesa da famosa “Geração de 1981”, Zico falou sobre como o grupo da sua época sabe receber convidados e que a atuação geração do Flamengo trouxe alegrias aos ex-jogadores daquele time, que também são torcedores rubro-negros.
“O time de 2019 sempre pôde almoçar com a gente, na nossa mesa. O time de 1981 é um time muito educado e sabe receber bem as pessoas. Então, esse time de 19 entrou pra história e lógico que a gente fica feliz, como torcedor do Flamengo, de ter vivenciado também esse momento”, finalizou.
Retirado de: O Dia