O Flamengo é um clube conhecido internacionalmente por formar excelentes jogadores em suas categorias de base. Boa parte destes jovens é negociada e, desta forma, o rubro-negro consegue manter parte de suas finanças e lucrar a longo prazo. Os métodos de negociação, assim como os valores, são as partes que nem sempre a torcida costuma concordar com o Fla.
Após a transferência de Natan ao RB Bragantino e a possível saída de Hugo Souza, o ex-presidente do clube da Gávea, Kleber Leite, escreveu críticas aos recentes posicionamentos do Fla em relação à valorização de atletas da base.
“Não consigo entender a política do Flamengo em rifar jovens valores, com enorme potencial, correndo o risco de – além do prejuízo técnico ao abrir mão destes jogadores – amanhã, ficar com cara de bobo arrependido por ter feito um péssimo negócio.
Antes que alguém argumente que a recíproca é verdadeira, e que os dois jogadores citados podem não vingar, chamo a atenção para os objetivos do Flamengo, que não é um clube cuja meta prioritária seja o negócio, e sim, os títulos. Se possível, todos! Portanto, qual é a graça em conseguir formar possíveis futuros craques e, entregá-los ao primeiro interessado? Aí é o caso daquela conclusão óbvia: “Craque o Flamengo faz em casa e vende a preço de banana…”, disse o ex-dirigente.
No contrato firmado com o Bragantino, Natan foi por meio de empréstimo até o fim desta temporada por R$ 5 milhões, com cláusula de obrigação de compra do zagueiro, caso o mesmo complete ao menos 20 partidas oficiais pelo clube paulista.
Somando o valor do empréstimo com o de compra, o jovem será negociado por R$ 27 milhões, referente a 70% dos direitos econômicos do jogador. Neste caso, o Flamengo manterá 12% dos direitos e o Porto Vitória, clube de origem do zagueiro, ficará com 18%.
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