A paralisação do Campeonato Carioca está em pauta e virou bola dividida entre o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio. O prefeito Eduardo Paes fará um anúncio na próxima segunda-feira de que apenas serviços essenciais funcionarão no Rio por dez dias, e os jogos de futebol não estão entre eles.
Mas o governador Cláudio Castro já indicou que não tem a intenção de interromper a competição, segundo fontes ouvidas pela reportagem do jornal ‘O Globo’.
Na prática, a decisão unilateral do município do Rio tiraria as partidas de estádios como Maracanã, Nilton Santos, São Januário, e outros palcos de clubes de menor investimento. Mas não inviabilizaria os jogos em Volta Redonda, no Raulino de Oliveira, ou no Elcyr Rezende, em Saquarema, que pertence ao Boavista.
Castro terá ainda neste sábado um encontro com empresários para tratar do assunto, mas já foi sondado pelos clubes e pela Federação de Futebol do Rio, e se mostrou contrário à interrupção do torneio.
Neste domingo está agendado um encontro entre o governador e o prefeito Eduardo Paes. Os dois divergem sobre esse caminho mais radical nas restrições.
Tudo indica que o clima do tête-à-tête será de “pressão final”, ou melhor, de ultimato, por parte do município. Isso porque o prefeito Eduardo Paes tem se mostrado insatisfeito com a postura de seus pares em outras cidades do estado no combate à crise global.
Retirado de: O Globo