Em reunião online que deverá ocorrer nesta sexta-feira (09), o Conselho de Administração do Flamengo definirá por meio de votação sua decisão sobre a parceria do clube com a Moss Earth, empresa ligada ao mercado do crédito de carbono.
Com o assunto em pauta no rubro-negro, o ex-vice-presidente de finanças do Flamengo na gestão de Landim , Wallim Vasconcelos, levantou dúvidas sobre a capacidade financeira da empresa para patrocinar o Fla. A declaração foi feita em entrevista concedida ao jornalista Mauro Cezar Pereira.
“O Flamengo ultimamente tem trazido empresas inexpressivas para o clube. Teve marca de azeite, teve outra que não pagou no calção. Essa Moss tem menos de um ano […] O Flamengo tem que ter empresas grandes, valorizar o seu uniforme. Não estou criticando a Moss, que pode ter um futuro brilhante, mas hoje não é. É uma total desconhecida e está se valendo do Flamengo para pagar esse valor, o que não sei se é bom ou ruim. Espero que o Conselho Fiscal e o Financeiro avalie bem a companhia e veja se ela tem condições de pagar os R$ 3,5 milhões”, disse Wallim.
Após as afirmações feitas pelo ex-VP, o CEO da empresa em questão, Luís Felipe Adaime, se posicionou e rechaçou qualquer incapacidade de sua empresa em relação ao contrato a ser firmado com o Flamengo.
Confira a resposta na íntegra:
“Quanto a capacidade financeira da Moss Earth, fique tranquilo Sr. Wallim e rubro-negros, que a proposta da Moss Earth é de pagar R$ 3.6 milhões à vista, incluir patrocínio ao time feminino, e portanto não implica qualquer risco financeiro ao clube.
Convido o sr. Wallim ou qualquer outro rubro-negro a entrar em contato comigo e esclarecei duvidas com o maior prazer. Que não fiquem duvidas sobre a relevância global da Moss, sua capacidade financeira e/ou idoneidade.
E quanto à maneira que créditos de carbono operam e são transacionados, lhe passaram informação equivocada. Globalmente pode-se sim (e negociam amplamente) transacionar créditos de carbono no mercado secundário. Somos agentes registrados do registro global.
Quiser conhecer mais sobre a Moss e nossos sócios: metade do PIB brasileiro. Nizan Guanaes é um dos acionistas, fora Fabio Feldmann como conselheiro e The Craftory como fundo investidor. Fizemos ano passado uma das maiores captações de startup.
Finalmente, estudei em Stanford e Phillips Academy, trabalhei nos maiores bancos do mundo, como o Credit Suisse, e sou CFA (chartered financial analyst), certificação de altissíma reputação global que pouquíssimos possuem”.