O clima não é dos melhores no Ninho do Urubu horas antes do clássico com o Vasco. Incomodado com o que considera não cumprimento de acordo para renovação com compra de parte dos direitos econômicos que pertencem ao Defensor Sporting, do Uruguai, Arrascaeta e seu empresário, Daniel Fonseca, cobram um posicionamento do Flamengo sobre a situação. O imbróglio coloca em risco a participação do uruguaio na partida desta terça-feira, às 19h (de Brasília), pela nona rodada do Carioca.
Arrascaeta tem contrato com o Flamengo até o fim de 2023, mas não é de hoje que há um incômodo por ter ficado no fim da fila da valorização entre as estrelas das equipes. Desde o início de 2019, quando chegou ao Flamengo, Everton Ribeiro e Bruno Henrique tiveram o contrato renovado, enquanto Gabigol recebeu reajuste ao ser comprado a Inter de Milão. A paciência do uruguaio e de seus empresários está no limite.
Internamente, Arrascaeta queixa-se de dores no tornozelo e alega ter sentido uma torção. O departamento médico, por sua vez, não identificou nenhum tipo de lesão e o camisa 14 está relacionado normalmente para a partida. Após jogar os 90 minutos, cobrar pênalti e ser eleito o craque da Supercopa, ele retornou ao Rio caminhando normalmente e se reapresentou sem dores.
O presidente Rodolfo Landim está no centro de treinamento e uma das pautas é amenizar a insatisfação dos uruguaios.
Arrascaeta e seus representantes alegam que a valorização com a renovação e a compra do percentual do Defensor Sporting foi uma promessa do departamento de futebol. O clube, por sua vez, é categórico em afirmar que não tem a menor condição de fazer qualquer tipo de movimentação financeira neste momento, ao ponto de todas as ações no mercado estarem suspensas.
Diante do cenário de momento, é inevitável a comparação com a saída de Arrascaeta do Cruzeiro para o Flamengo. Na ocasião, também com o respaldo do ex-atacante Daniel Fonseca, seu empresário, o meia se recusou a participar de treinamentos e forçou a saída para o clube carioca.
Retirado de: Globo Esporte