Morreu, nesta segunda-feira, o narrador de rádio e TV Januário de Oliveira, após 11 dias internado. Ele sofreu uma parada cardíaca enquanto tratava um quadro de pneumonia em um hospital particular de Natal-RN.
Januário foi uma das principais vozes no futebol brasileiro nos anos 1980 e 90. Criou diversos bordões que são lembrados até hoje. Quem acompanha suas narrações, seja na TVE ou na Band, não esquece alguns, como o “Taí o que você queria, bola rolando”, “Acha pouco, quer mais e vai a luta”, “Ele sabe que é disso, é disso que o povo gosta”, “Tá lá um corpo estendido no chão”, “cruel, muito cruel”, “sinistro, mas é muito sinistro” e tantos outros.
Deu, ainda, inúmeros apelidos a jogadores que caíram no gosto do torcedor. O atacante Valdeir, destaque do Botafogo no início dos anos 90, virou “The Flash”. Sávio, prata da casa do Fla, virou o “Anjo Loiro”. O mais famoso, sem dúvida, batizou o centroavante Ézio, do Fluminense, que até hoje é lembrado pelos torcedores como “Super Ézio”.
Em abril de 2019, Januário recebeu uma homenagem no Maracanã, palco de narrações memoráveis. Valdeir, Sávio, William (ex-Vasco) e ainda o filho e a viúva de Ézio (que faleceu em 2011) foram ao encontro do narrador em uma emocionante matéria exibida no Globo Esporte.
Acometido por diabetes, Januário perdeu a visão, mas ainda assim mantinha projetos de narração de futebol em Natal, onde morava com a família.
O ex-narrador passou por diversos veículos de comunicação. No Rio Grande do Sul trabalhou na Rádio Farroupilha, Rádio Cultura de Bagé. Depois foi para o Rio de Janeiro, onde atuou na Rádio Mauá, Rádio Nacional e Rádio Globo. Também marcou presença nas telas da TVE e na TV Bandeirantes, quando ganhou enorme notoriedade nas transmissões dos jogos envolvendo os times cariocas.
Flamengo emite nota de pesar
Através de seu perfil oficial no Twitter, o Flamengo publicou uma nota de pesar e desejou muita força aos familiares e amigos neste momento tão triste.
Retirado de: Globo Esporte