Após fechar os empréstimos de Kenedy, do Chelsea, e Andreas Pereira, do Manchester United, o Flamengo vai atrás de jogadores com perfil mais de defesa. Se a contratação de Thiago Mendes ao Lyon ficou complicada, embora a negociação siga, o vice de futebol do Marcos Braz e o diretor Bruno Spindel se concentram na posição mais pedida pela torcida: zagueiro.
No horizonte, os nomes especulados no mercado são vários, mas o clube quer dar um tiro certeiro em um reforço que seja incontestável. É nesse cenário que David Luiz aparece. Livre no mercado desde junho, após deixar o Arsenal, da Inglaterra, o defensor de 34 anos passa férias no Rio com a mulher, que é da cidade, e mantém a forma no aguardo do destino.
Por ter aparecido em redes sociais treinando na praia, a torcida do Flamengo ficou alvoroçada. E fez a diretoria negar qualquer proposta. De fato, não há negociação concreta entre clube e jogador.
No entanto, há fatores que poderiam facilitar ou dificultar uma contratação desse porte. A primeira boa notícia é que David Luiz trabalha com o empresário Giuliano Bertolucci, que ajudou o Flamengo na contratação de Kenedy. E tem excelente relação com a diretoria.
A outra é que o próprio atleta tem proximidade com Marcos Braz, que chegou a desmentir negociações, mas tem um perfil de discrição nos contatos até que a oportunidade clareie. E o dirigente não se deu por satisfeito até agora em termos de contratação.
A questão é que, embora sem clube, e por isso sem a necessidade de investimento em compra, David Luiz tem salário elevadíssimo. E a folha do Flamengo já está no teto. Por isso, a chegada de um jogador desse patamar mediante ao fato de o clube ter alguns outros na posição não é visto como prioridade. Sem contar as eventuais luvas caríssimas no negócio.
A outra dificuldade é o jogador querer voltar ao Brasil neste momento da carreira. Em vez de tentar ainda um contrato na Europa. Em entrevista ao jornal inglês ‘Daily Mail’, o zagueiro afirmou que as propostas que recebeu não “tocaram o coração”.
— (O destino) Vai ser o mesmo de antes: um clube com ambição. As ofertas até agora não tocaram o meu coração. Quero continuar em alto nível. Talvez isso aconteça na Premier League –, disse o zagueiro, que completou: – Estou trabalhando todos os dias. Quero pressão, lutar por títulos. Quero a sensação de ter que vencer todas as semanas. É por isso que sempre joguei futebol e ainda jogo. Quero sentir-me vivo.
Retirado de: Extra