O discurso de Renato Gaúcho após a derrota por 3 a 1 para o Fluminense no último sábado (23), foi de que o Brasileirão está ficando distante. Sentimento este que não é de hoje. Conforme trouxe a Goal, no início de outubro, a diretoria já avaliava grande dificuldade para a sequência do campeonato.
Na ocasião, os resultados seguintes seriam uma espécie de balança para entender as reais chances do time no Brasileirão. Alguns jogos depois, novas contusões e o desgaste da equipe deixam um clima de desanimo no Ninho do Urubu, com treze pontos de distância para o Atlético-MG neste momento. Com a já esperada uma queda de rendimento, a avaliação da diretoria é de que Renato não é o principal responsável.
No geral, os dirigentes do Flamengo entendem que o calendário é o principal vilão e o que pode impedir o time de faturar a tão sonhada tríplice coroa na América do Sul. Os jogos desgastantes de uma temporada praticamente emendada na de 2020 e os desfalques por conta das convocações são sempre colocados à mesa na hora de avaliar o trabalho do técnico.
Conquistar o tricampeonato brasileiro é tido como muito importante, mas vencer a Copa do Brasil, título inédito da gestão e com premiação gorda, e a Copa Libertadores, que dá direito a disputar novamente o Mundial de Clubes, “cura muito bem a ressaca”, segundo uma fonte do clube.
Para se defender das críticas, o Flamengo vem preparando um dossiê sobre o número de jogos da equipe no ano. O time carioca vai fechar outubro com 73 jogos, praticamente o mesmo número da temporada 2019 (74 no total), que terminou no final de dezembro. Além disso, há também a contagem de jogos perdidos pelos atletas que estavam servindo suas respectivas seleções.
Há, no entanto, quem comece a questionar o trabalho de Renato Gaúcho e acredite que é possível fazer mais com o elenco que se tem nas mãos, mas isso vem de fora do departamento de futebol, de quem não vive o dia a dia do Ninho do Urubu.
Retirado de: Goal