Diretor da CBF fala sobre próximo calendário e ignora considerações do Flamengo

Sede da CBF no Rio de Janeiro (Foto: Cahê Mota/Globo Esporte)

A temporada de 2021 se aproxima de seu fim. Os torneios continentais disputarão suas finais ainda em novembro, e os nacionais conhecerão seus novos campeões na primeira quinzena da dezembro.

Assim, tanto a CBF quanto os clubes já se organizam e debatem as opções para o próximo ano. A principal questão tratada, porém, se deve ao encurtamento do ciclo de 2022, que precisará terminar até o começo de novembro por conta da Copa do Mundo no Qatar, marcada para os dois últimos meses do ano.

Comentando sobre o calendário que ainda está sendo definido, Manoel Flores disse em entrevista ao Uol que não pensará nas equipes individualmente. Quando questionado sobre as sugestões feitas pelo Flamengo, o diretor da entidade informou que tentará fazer o que for melhor para a maioria.

— A reação foi positiva. Óbvio que o calendário é uma representação de uma média geral do que se vê no país, que é tão diverso. Tem federações grandes e pequenas, clubes grandes, médios e pequenos. Cada um com seu interesse, objetivo em cada temporada. Quando você reúne esses players, cada um enxerga o calendário com sua ótica. Mas a gente ficou satisfeito de explicar antes de fazer a publicação – disse, antes de continuar:

— Não vamos falar de clube individual. A gente teve diversas manifestações. Deixamos todos à vontade de falar e expor sua opinião. A gente entende as demandas. Mas o que ficou claro é que é o calendário possível, dentro de um quadro complexo. É o que vamos viver em 2022 e que não é diferente de 2021 e 2020.

Em seguida, Manoel Flores comentou um pouco sobre o cenário no qual a CBF terá que encaixar a próxima temporada. A expectativa da entidade é ajustar todas as competições nacionais até o limite das convocações para a Copa. Outro ponto ainda não definido se deve à disponibilidade das Datas FIFA ao longo do ano.

— Foi uma iniciativa importante para a gente apresentar o calendário de 2022, que é um ano, como foi 2020 e 2021, completamente fora da curva. Em 2020, sofremos muito pela paralisação do futebol, de todas as atividades do país. Sofremos para poder equacionar e entregar as competições.

— O calendário de 2022 é um grande desafio porque tem questões diferentes. Uma é a Copa do Mundo no fim do ano. As seleções precisam apresentar seus atletas no dia 14 de novembro, o que fez a gente antecipar o Brasileirão em cerca de um mês. A outra questão é a data Fifa, que não será usual: entre 30 de maio e 14 de junho, o que é algo diferente. Foi uma maneira de explicar e colocar todos aqueles impactados pelo calendário em uma apresentação para explicarmos o que virá.