O Flamengo anunciou hoje a saída do técnico Renato Gaúcho e já trabalha na busca por um novo nome para comandar o time na próxima temporada após a perda da Libertadores e as chances apenas remotas de título brasileiro faltando quatro partidas para o final. Um nome sonhado pelo torcedor é o de Marcelo Gallardo, que há poucos dias ganhou o título argentino comandando o River Plate, clube pelo qual também ganhou duas Libertadores, em 2015 e 2018, além do vice em 2019 contra o mesmo Flamengo.
No podcast Posse de Bola #182, Mauro Cezar Pereira afirma que, apesar de a imprensa argentina citar o interesse do Flamengo em Gallardo, ainda não há nada em relação ao treinador, já que é preciso uma definição em relação ao orçamento para a contratação de um técnico, citando que após a saída de Jorge Jesus, em 2020, o valor disponível foi reduzido pela presidência do clube.
— O departamento de futebol vai perguntar agora para o Landim ‘quanto eu posso investir na nova comissão técnica?’. Se for dado ao departamento de futebol do Flamengo condições para fazer uma proposta de um técnico desses, que custa 4, 5 milhões de euros por ano, trazer um cara bom da Europa, ou um Gallardo, aí vai atrás. A imprensa argentina fala em Gallardo, mas pelo que eu apurei, não tem nada ainda com o Gallardo, ninguém foi lá apresentar nada, até porque não sabe o que vai apresentar para ele, diz Mauro.
— Não adianta procurar o Gallardo sem ter o dinheiro, não adianta você querer comprar um carro caro importado se você não tem a grana. Depende da autorização do presidente do clube e isso é imperativo no caso do Flamengo, o Flamengo tem que fazer isso. Se eles tiram tanta onda que o Flamengo vai faturar perto de um bilhão, será que não consegue separar cerca de R$ 30 milhões por ano para pagar uma comissão técnica? Ou prefere ter prejuízo com o Andreas Pereira perdendo a bola também porque o time era uma bagunça e não era ele que tinha que estar ali fazendo a saída de bola e ele estava ali?, questiona.
O jornalista explica que os valores desembolsados para bancar as comissões técnicas de Domènec Torrent, Rogério Ceni e o próprio Renato Gaúcho foram reduzidos significativamente em comparação ao que o clube pagava para toda Jorge Jesus e sua comissão.
— Veio o Domènec para o Brasil. Uma das razões que o Flamengo sequer pôde avançar ou tentar avançar sobre nomes como Leonardo Jardim na época foi justamente essa, não havia dinheiro para você tentar convencer o cara. ‘Tem esse projeto para trabalhar o time e tal, mas só tem essa grana’, e com essa grana nem adianta conversar, é perder tempo, então a coisa não avançou, por isso veio o Domènec Torrent, que aceitou ganhar aquilo, para ele era uma oportunidade, um cara que não tem ainda grande história como técnico e sim como auxiliar do Pep Guardiola, explica.
— Na sequência, técnicos brasileiros desse patamar elevado de salário dos técnicos brasileiros, Rogério e depois o Renato, mas muito abaixo do que custa uma comissão técnica internacional, conclui.
Retirado de: UOL