O Flamengo foi convicto: queria um técnico estrangeiro, de preferência português. E o nome escolhido foi o lusitano Paulo Sousa, que chega ao clube vendo um equilíbrio recente no desempenho de times dirigidos por treinadores gringos e brasileiros, embora seu conterrâneo Jorge Jesus tenha entrado para a história com o ano mágico de 2019.
Analisando somente a frieza dos números, há praticamente um empate técnico considerando o período da chegada do colombiano Reinaldo Rueda, em 2017, para cá.
São cinco títulos para os estrangeiros e quatro para os nacionais, com a ressalva óbvia do peso das conquistas de Jesus (Libertadores inclusa), apesar de Rogério Ceni também ter levantado canecos importantes.
Em termos de aproveitamento, os brasileiros levam uma ligeira vantagem, tendo uma média de 67,3% contra 65,4%, analisando vitórias, empates e derrotas.
Nesse período, foram três gringos e seis brazucas. Jesus conquistou os cinco títulos da turma de fora, sendo campeão da Libertadores (2019), da Recopa Sul-Americana (2020), do Brasileiro (2019), da Supercopa do Brasil (2020) e do Campeonato Carioca (2020).
Entre os brasileiros, apenas Rogério Ceni e Abel Braga levantaram canecos. O primeiro foi campeão brasileiro (2020), da Supercopa do Brasil (2020) e do Campeonato Carioca (2021). Já o segundo levou o Campeonato Carioca (2019).
O colombiano Rueda e o espanhol Domenéc Torrent foram embora sem faixas de campeão, assim como os brasileiros Paulo César Carpegiani, Maurício Barbieri, Dorival Júnior e Renato Gaúcho.
A provável chegada de Paulo Sousa ao Brasil é no dia 6 de janeiro e, a partir do dia 10, o português iniciará os treinamentos da pré-temporada com o elenco principal do Flamengo.
Para acertar com o Rubro-Negro, o treinador precisou se desvincular da seleção polonesa e pagou de seu próprio bolso cerca de R$ 2 milhões de multa rescisória para a federação do país.
Retirado de: UOL
