O Atlético-MG deseja que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) puna Gabigol, do Flamengo, por supostamente incitar a violência e ter tido atitude contrária à disciplina e à ética desportiva. Na quarta-feira, o clube mineiro apresentou uma notícia de infração sobre a frase dita pelo atacante após o 2 a 1 a favor do Galo, em Belo Horizonte, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
— Agora temos outro final de semana e depois vamos para a Libertadores. Quando eles forem para lá vão conhecer o que é pressão e o que é inferno – disse Gabigol ainda no gramado do Mineirão.
A direção atleticana entende que o uso da palavra “inferno” pode acirrar os ânimos visando o confronto de 13 de julho no Maracanã. Nesta quinta, após analisar a notícia de infração, Ronaldo Botelho Piacente, procurador-geral do STJD, deu três dias de prazo para que Gabigol se manifeste. Ainda não há qualquer decisão sobre eventual punição ao jogador.
No pedido, o Galo elencou dois possíveis artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva que Gabigol pode ser enquadrado. São eles:
- Artigo 243-D: Incitar publicamente o ódio ou a violência. Pena: multa e suspensão de 360 a 720 dias.
- Artigo 258: Assumir conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva. Pena: suspensão de uma a seis partidas.
São 13 páginas de uma contextualização feita pelo Atlético-MG na qual postagens de torcedores dos dois times nas redes sociais são citadas. O advogado Carlos Theotonio Chermont de Britto, que assinou o documento, até citou um bordão do narrador Galvão Bueno: “vai se criando um clima terrível”.