O Atlético-MG foi punido com multa de R$ 50 mil pelo STJD, nesta quarta-feira, em denúncia de “gritos discriminatórios” da torcida atleticana durante a partida contra o Flamengo, no Mineirão, pelo jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
O clube também foi punido em R$ 10 mil por arremessos de objetos no gramado, somando R$ 60 mil no total. Em ambas as decisões, ainda cabe recurso. O ge procurou o Atlético, mas ainda não teve retorno.
A denúncia teve origem após recebimento de Notícia de Infração do Flamengo. Inicialmente, a relatora do caso, Dra. Adriene Silveira Hassen, defendeu multa em R$ 65 mil e perda de mando pelos cantos “homofóbicos, misóginos e machistas”. A relatora afirmou que o caso é grave por todas as estatísticas contra a população LGBTQIA+.
O advogado do Atlético-MG, Theotonio Chermont, minimizou os cantos homofóbicos da torcida do Galo e defendeu o clube sob a alegação de que a pena sugerida seria “desproporcional”. Segundo ele, o canto não foi para discriminar.
— O politicamente correto está chato demais. As palavras são muito mais por xingar do que para ser preconceituoso. O torcedor não tem essa sensibilidade para discriminar, xinga para provocar. Não dá para exigir que alguns torcedores tenham esse comportamento. Querer punir com R$ 65 mil e perda de campo é absurdo. O julgamento anterior teve casos muito mais graves, não ouvi a turma falando em perda de mando ou em multas caras, como os R$ 5 mil. O Flamengo saiu no lucro naquele caso. Agora punir o Atlético em perda e com essa multa é desproporcional – disse.
Em votação, outros membros da 4ª Comissão Disciplinar do STJD até aqui, decidiram por retirar a perda do mando e por abaixar a multa para R$ 50 mil.
No mesmo processo, o zagueiro do Atlético-MG, Junior Alonso, foi julgado pela expulsão na partida. O zagueiro levou segundo cartão amarelo, por jogada temerária, e teve a pena convertida em advertência.
Retirado de: Globo Esporte