O fim de semana foi agitado no Vélez Sarsfield. No sábado (20), o clube foi informado pela Conmebol que a Plateia Sul Alta do Estádio José Amalfitani estará fechada para o confronto contra o Flamengo pela semifinal da Libertadores.
O primeiro jogo da série vai ocorrer em Buenos Aires no dia 31, quarta-feira da semana que vem, com a volta sendo disputada no Maracanã, em 7 de setembro.
Ontem (21), segundo apurou a coluna, os dirigentes do Vélez começaram a armar a defesa para solicitar à Conmebol que o fechamento seja apenas onde ocorreu a briga contra o Talleres, e não em toda a plateia.
Além da interdição, o Vélez foi multado em US$ 95 mil pelo episódio (R$ 491 mil) de violência (detalhes abaixo). O técnico Alexander “Cacique” Medina também precisará mexer no bolso: vai repassar US$ 50 mil (R$ 258 mil) aos cofres da entidade pela expulsão por protestar na mesma partida.
O Estádio José Amalfitani, onde o Vélez joga desde 1943, tem capacidade oficial para 49.540 pessoas. A Plateia Sul Alta comporta 6.072 espectadores, e o pedido do clube agora é que esta limitação imposta pela Conmebol seja de cerca de 2.000 torcedores.
Casa lotada
Embora a versão oficial do clube seja obviamente respeitar a medida da Conmebol e o fechamento do local, quem está familiarizado com o futebol argentino sabe que os estádios do país recebem públicos muitas vezes bem acima da capacidade oficial.
Um exemplo veio ontem de outra zona de Buenos Aires: a sul, onde fica o Monumental de Núñez, estádio do River, no bairro de Belgrano. Liniers, casa do Vélez, está localizado na zona oeste da capital argentina.
No Monumental abarrotado, com cerca de 80.000 pessoas (a capacidade oficial é de 72.027 torcedores), o River fez 3 a 0 no Central Córdoba.
Como a praxe no país é superlotar os estádios, faz sentido imaginar que, com o fechamento parcial, o José Amalfitani estaria, assim, “lotado” (e com sua capacidade oficial esgotada). As pessoas que ficariam na tribuna fechada seriam, afinal, distribuídas para outros setores no mais absoluto “jeitinho argentino” (conhecido também como “viveza criolla”).
Retirado de: UOL