A bola agora está com o Flamengo na negociação com a Caixa Econômica Federal para a aquisição do terreno onde o clube quer erguer um estádio próprio, na região do centro do Rio.
A coluna apurou que o processo avançou no mês passado, quando a Vinci Real Estate, gestora imobiliária encarregada de produzir um parecer sobre o negócio, enviou ao Flamengo uma série de questionamentos sobre o projeto.
“Agora é o Flamengo que terá que correr se quiser que o processo ande rápido”, disse, sob reserva, uma fonte da cúpula da Caixa que acompanha a negociação muito de perto.
A Vinci Real Estate, braço da Vinci Partners, uma das maiores empresas de investimentos do país, foi apontada como o agente independente que apresentará à Caixa um estudo de viabilidade do projeto.
Esse estudo será submetido, na sequência, às instâncias do banco que poderão, finalmente, dar o sinal verde para a transação. É por isso que, quanto maior for a velocidade do Flamengo ao responder aos questionamentos, mais rapidamente o processo pode avançar.
O terreno do antigo Gasômetro, de 116 mil metros quadrados, pertence ao Fundo Imobiliário Porto Maravilha, que é controlado pela Caixa.
Brasília vê negócio com bons olhos
A disposição do governo federal em avalizar a transação é grande, e isso faz com que os envolvidos tenham pressa, de modo a sacramentar a compra da área antes que o atual mandato de Jair Bolsonaro termine.
O próprio Bolsonaro, que já tratou do assunto com o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, enxerga a oportunidade de faturar politicamente com o negócio.
A questão, porém, é que, para além da disposição política, é preciso enquadrar o acerto — que depende da aprovação de diferentes instâncias da Caixa — como algo vantajoso para o banco.
Reservadamente, a Caixa admite a possibilidade da facilitar o pagamento. A negociação poderia envolver, por exemplo, parte da renda a ser obtida com o futuro estádio e participação em vendas de jogadores.