Filipe Luís destaca importância do revezamento promovido no Flamengo para chegar fisicamente bem à final da Libertadores

Taça da Copa Libertadores da América no gramado do estádio do Maracanã (Foto: Conmebol)

A escolha de Dorival Júnior por usar dois times na temporada foi fundamental para que Filipe Luís chegasse bem fisicamente à final da Libertadores. Ao podcast “90+3”, da Conmebol, o lateral-esquerdo do Flamengo destacou que o grande problema para um atleta de mais de 30 anos é jogar a cada três dias. Nesse sentido, ele apontou que seu corpo precisa desse descanso no revezamento, promovido pelo treinador, e também falou de forma positiva da concorrência saudável gerada com Ayrton Lucas.

— Hoje, eu sou um jogador reinventado, readaptado a nova realidade do que meu corpo permite. E uma das coisas que o Dorival fazer comigo, (que) foi fundamental, foi esse revezamento, essa carga de minutos. O Ayrton (Lucas) principalmente também jogando muito bem. Essa concorrência interna fez com que os dois crescessem, mas principalmente esse descanso que meu corpo precisa, porque o grande problema do jogador de mais de 30 anos é jogo a cada três dias. Se fossem sempre a cada quatro dias, não teria problema, explicou Filipe Luís.

— Por exemplo, sábado/quarta/domingo, eu poderia os três jogos tranquilamente. Se fosse, sábado/terça/sábado ou sexta, como foi no ano do Renato Gaúcho – foram três meses de jogos a cada três dias – o meu corpo não aguenta. E muitos jovens também não aguentam. Aí (o revezamento) foi o grande diferencial. Você consegue manter a força, consegue fazer trabalhos de ganho, de manutenção e tudo mais. Aí é onde eu consigo competir pelo menos com esses moleques que estão voando, completou.

Durante a conversa, Filipe Luís revelou que seu “grande momento de dificuldade” no aspecto físico aconteceu aos 32 anos. Ele disse que, na época, sofria com lesões e não conseguia se adaptar à sequência de jogos. Assim, precisou se readaptar à nova realidade e se tornou um jogador “totalmente diferente” do que era anos atrás.

— O grande momento de dificuldade na minha carreira foi aos 32 anos, quando eu não entendi o que estava acontecendo comigo. Vinham lesões e eu não conseguia me adaptar à sequência de jogos e à intensidade dos jogos. Eu estava no Atlético de Madrid e isso foi muito frustrante, porque eu não acreditava que, com 32, eu teria essa queda brusca no meu físico. O Filipe Luís que a torcida do Flamengo conheceu é totalmente diferente do Filipe Luís quando eu tinha 27 anos, 28 no auge, bota aí até os 31, que foi o melhor momento em toda a minha carreira, disse o lateral.

Em tempo: a final da Libertadores está marcada para acontecer no sábado, às 17h, no Estádio Monumental de Guayaquil. O adversário do Flamengo na decisão é o Athletico.

Retirado de: O Dia