A Amazon decidiu não fazer proposta pelos direitos de transmissão da Uefa Champions League na licitação válida a partir da temporada 2024/2025. A big tech de Jeff Bezos preferiu focar seus investimentos em conteúdo esportivo em outro evento que deve atrair mais público nacional para o Prime Video: a Série A do Brasileirão. Parceira da Globo na Copa do Brasil, a empresa deseja ampliar a dobradinha para o maior torneio brasileiro a partir de 2025.
Segundo apurou o Notícias da TV, executivos da Amazon confirmaram a decisão em uma reunião com talentos contratados para aumentar o elenco da empresa. Recentemente, Rômulo Mendonça trocou a ESPN pelo streaming para comandar partidas da Copa do Brasil e da NBA, principal liga de basquete do mundo.
Outros nomes foram sondados no mercado, mas a Amazon preferiu segurar as contratações justamente porque não teria mais jogos para fazer além da demanda da Copa do Brasil e da NBA. No caso da Champions, a equipe que cuida da aquisição de direitos entendeu que o torneio poderia não dar um retorno que justificasse o investimento.
Desde o início do ano, porém, Amazon e Globo conversam para alinhar uma proposta conjunta pelos direitos do Brasileirão que serão negociados a partir do segundo semestre. Hoje, existe uma divisão entre as ligas LFF (Liga Forte Futebol) e Libra (Liga do Futebol Brasileiro).
Executivos dos dois conglomerados de mídia já conversaram com representantes das ligas, e está claro que existe um alinhamento para a divisão de Amazon e Globo nos negócios, como já acontece na Copa do Brasil. Detalhes ainda não foram discutidos, até porque há uma indefinição de como os direitos de transmissão serão vendidos.
No início do ano, Globo e a Amazon renovaram oficialmente o contrato para licenciamento dos direitos de transmissão da Copa do Brasil. O novo acordo é válido até 2026, a mesma duração do contrato da líder de audiência com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) para o torneio mata-mata.
A Amazon ajuda a Globo a fechar a conta do torneio. Só com a Copa do Brasil, segundo apurou a coluna, a Globo vai pagar um valor na casa dos R$ 520 milhões fixos, com bônus de metas e desempenho de vendas publicitárias que podem fazer o contrato chegar a R$ 600 milhões por ano.
Ou seja, em quatro temporadas, a emissora líder deverá desembolsar até R$ 2,4 bilhões pelo torneio mais valorizado do país. A Amazon deve bancar boa parte deste valor, até por ter as suas finanças em dólar, mais valorizado do que o real.
Retirado de: Notícias da TV