65% da receita bruta. É essa a estimativa de arrecadação líquida do Flamengo para os jogos como mandante no Maracanã a partir de agora, com a vigência do contrato com o Governo do Estado do Rio de Janeiro que faz do clube o administrador do estádio – o Fluminense também terá participação na gestão da maior arena do país.
Se a estimativa rubro-negra se confirmar, fará do Maracanã uma enorme fonte de receita. Os 65% equivalem, por exemplo, a um faturamento quatro vezes maior na comparação com o com o antigo modelo com o Consórcio Maracanã.
No ano passado, durante o Campeonato Brasileiro, o Flamengo ficou com apenas 14% de todo o montante que gerou com bilheteria. O time foi o recordista de público, com média de 47.140 pagantes por partida. A arrecadação total foi de R$ 25,3 milhões, só que, com taxas, descontos, impostos e outras questões, restaram apenas R$ 3,7 milhões líquidos.
Ou seja, cerca de R$ 21 milhões do dinheiro que saiu do bolso do torcedor do Fla acabaram indo para o ralo. Por causa de tamanho desperdício, o clube terminou a competição com apenas o oitavo maior faturamento da Série A.
Se o modelo atual já estivesse valendo em 2018, o Flamengo colocaria em seus cofres cerca de R$ 15 milhões.
Só será possível alcançar 65% de receita em cima da arrecadação total porque o Flamengo pretende enxugar uma série de custos tradicionais do Maracanã. Haverá menor contingente de pessoas extras trabalhando – funcionários rubro-negros serão deslocados para o estádio nos dias de jogos. O Fla ainda tentará assumir o controle de outras questões, a fim de reduzir gastos.
Retirado de: Nicola