Bruno Henrique, Gabigol, Arrascaeta, Rafinha… “Da onde o Flamengo arruma tanto dinheiro?”. Essa é uma pergunta comum quando o rubro-negro vai ao mercado durante as janelas de transferências. Porém, desde o mandato do presidente Eduardo Bandeira de Mello, o clube adotou uma postura de austeridade financeira, que vem gerando grandes resultados na parte econômica.
De acordo com um estudo divulgado pela Pluri Consultoria, que analisa os balanços financeiros dos clubes, o Flamengo tem um superávit de R$ 553 milhões nos últimos cinco anos. É a primeira vez na história que o clube registra lucros em cinco temporadas consecutivas. O valor, porém, poderia ter sido maior não fosse a queda de receita em 2018, a primeira nos últimos 12 anos.
A queda ocorreu principalmente pela diminuição das receitas com vendas de jogadores e bilheteria e também o aumento das despesas. Quanto mais jogadores renomados, maiores os gastos. Entretanto, vale ressaltar que houve um acréscimo de faturamento com cotas de televisão com o novo contrato com a Globo, além de sócios-torcedores e também premiações.
Um dado que pode preocupar é o valor da dívida líquida. Segundo o estudo, o Flamengo teve um aumento de 40% no seu endividamento, que agora é de R$ 469,5 milhões. Todavia, um número bem inferior ao de anos passados, quando superava os R$ 700 milhões.
Agora, o desafio do Fla, com a mudança de diretoria, é conseguir manter os bons números fora de campo e tentar fazê-los refletir dentro dele com a conquista de títulos. Mesmo se destacando economicamente e montando grandes equipes, o último título de expressão do rubro-negro foi a Copa do Brasil de 2013.
“O processo de ajuste das finanças do clube teve mais um ano positivo, mas agora mostra sinais de esgotamento. Este é o momento em que a gestão do clube passará pelo seu teste mais difícil: manter a responsabilidade financeira, em um ambiente de crescente aumento da pressão por maiores gastos no futebol”, analisou Fernando Ferreira, economista da Pluri.
Retirado de: Torcedores