Uma matéria do jornal O Globo levantou um debate sobre um possível conflito de interesses envolvendo a ida de Léo Pereira ao Flamengo, isso porque, um dos sócios da empresa que agencia o jogador, é Rafinha, lateral do clube carioca.
O caso de um jogador em atividade ser empresário de outro é o primeiro relatado no mundo do futebol. A FIFA e a CBF não têm nada em seus regulamentos que proíbam a prática, mas, como mostrado pelo O Globo, o caso está gerando descontentamento entre outros empresários de jogadores do Flamengo, que julgam poder haver um conflito de interesses na situação.
Diante da situação, alguns agentes estão ameaçando levar seus atletas para outro clube, para não correr o risco de perdê-los para a R13 Fussball, empresa do lateral, principalmente considerando a posição de liderança que ele ocupa dentro do elenco.
Segundo a reportagem, quatro empresários procurados se mostraram contrários à situação. Carlos Leite, o único que aceitou se manifestar disse:
“Isso deixa margem para pensarem que ele pode se aproveitar de sua posição para aliciar atletas do seu próprio clube. Sendo um atleta consagrado e líder, a margem para isso aumenta e muito”.
Outro empresário disse ao jornal que acredita que a indicação de empresários feitas por jogadores é normal, mas a condição de “jogador-empresário” passa dos limites.
Além de Léo Pereira, a R13 é responsável pela carreira de mais dois jogadores ligados ao Rubro-Negro: Rodinei – agora no Internacional – e Matheus Dantas.
Procurada pela reportagem, a assessoria de Rafinha não quis se pronunciar. O primo do lateral, Ricardo Scheidt, responsável pela R13, não respondeu ao chamado do jornal. O Flamengo também não quis se pronunciar sobre o caso.
Retirado de: Goal