Flamengo troca piadas por favoritismo e experimenta novo papel na Copa Libertadores da América

Taça da Copa Libertadores da América (Foto: Divulgação/Conmebol)

O período de seca de 38 anos sem um título da Libertadores foi marcado por decepções, vexames em série e frustrações para o torcedor do Flamengo. Ao conquistar a última edição, o clube exorcizou o fantasma, trocou o papel de azarão pelo de franco favorito e colocou um ponto final nas piadas dos adversários.

De olho no terceiro troféu, a equipe encara hoje (4) o Junior Barranquilla (COL), às 21h30 (de Brasília), no Estádio Municipal, em seu primeiro compromisso pela defesa do cinturão continental. Apontado por muitos como o maior candidato ao título, o Rubro-negro terá de se acostumar a esta nova realidade na Gávea.

Até a glória em Lima, os rubro-negros amargaram fiascos em série. Quedas para Defensor (URU), América (MEX) e Universidad do Chile (CHI), além de eliminações ainda na fase de grupos, marcaram o clube e traumatizaram os torcedores. A virada sobre o River Plate (ARG), no entanto, mudou a vida flamenguista e inaugurou um novo capítulo na relação da arquibancada com a principal competição da América do Sul.

“Deixamos o favoritismo para fora. É um debate dos jornalistas. Isso se faz dentro de campo, mas é claro que o Flamengo tem muita visibilidade pelo que fizemos no ano passado. Não podemos cair nessa armadilha”, opinou o goleiro Diego Alves.

A missão rubro-negra é das mais complicadas. Em toda a história da competição, apenas Peñarol (60 e 61), Santos (62 e 63), Independiente (64 e 65), Estudiantes (69 e 68) São Paulo (92 e 93) e Boca Juniors (2000 e 2001) levantaram o caneco duas vezes consecutivas. O Independiente e o Estudiantes atingiram feito ainda mais difícil, já que são os únicos clubes com três taças em sequência.

Esta tem um sabor ainda mais especial para o clube, já que a finalíssima está marcada para o Maracanã. Após levantar a Recopa em sua casa, o Rubro-negro venceu uma competição internacional em casa pela primeira vez e espera festejar o tricampeonato ao lado de seus torcedores em 2020.

“Nós seguimos o nosso trabalho, mantivemos a base e chegaram reforços. A cada ano, com as conquistas, tudo fica mais difícil. Temos de fazer o que pede o mister. Vamos seguir nessa linha. Todos vão lutar para no Maracanã na final, mas temos um gostinho por ser nossa casa”, alertou o camisa 1.

O técnico Jorge Jesus tem uma série de baixas para escalar sua equipe titular. Em recuperação de lesões, Bruno Henrique, Rodrigo Caio e Rafinha desfalcam o time. Suspenso pelo vermelho na final da Recopa, Willian Arão também ficou no Rio de Janeiro.

Retirado de: UOL