Na negociação de patrocínio, Flamengo e Amazon discutem valores que dobram o atual montante pago pelo espaço master da camisa rubro-negro. As conversas giram em torno de R$ 38 milhões por ano, enquanto o BS2 atingiu R$ 19 milhões com reajustes recentes do acordo. Se sacramentada, isso poderia abrir brecha para outras parcerias, mas teriam de ser faladas a parte.
A negociação entre Flamengo e Amazon ainda não estão concluídas e há pontos sendo discutidos entre as partes. Depois que tudo estiver acertado, o acordo terá de ser levado para o Conselho Deliberativo do clube para aprovação como é determinado pelas regras do clube.
As conversas entre o clube a gigante de tecnologia norte-americana começaram em dezembro de 2019. O foco foi a discussão em torno da propriedade da camisa do clube. A Amazon lançou no Brasil um pacote de serviços Prime que engloba conteúdo em streaming e entrega de produtos.
Dentro do clube, há dirigentes que entendem que uma parceria com a Amazon abriria portas para outros negócios como a veiculação de conteúdo do clube na plataforma de streaming da empresa. Além disso, poderiam ser vendidos produtos do clube no serviço de venda.
Só que isso não está na mesa no momento. As negociação são apenas em torno do patrocínio master. Caso venha existir interesse em outros negócios no futuro, o clube e a Amazon teriam de realizar novos acordos. Internacionalmente, a Amazon já investiu em direitos da Premier League e da NFL. Seus executivos classificam como uma fase experimental dessa propriedade. Com o Flamengo, a empresa fechou um documentário sobre a participação no Mundial de Clubes, no ano passado.
O Flamengo já negociou seus direitos de transmissão de jogos por streaming do Brasileiro para a Globo até 2024. Os direitos da Série A para o exterior estão em aberto, porém, há uma discussão com outros clubes de um acordo coletivo após proposta feita pela IMG.
O contrato da Globo com o clube não impede que uma empresa de mídia concorrente ocupe a camisa do clube, só há veto a que faça publicidade em placas estáticas em volta do campo. O serviço de streaming da Amazon pode ser considerado concorrente do “Globoplay”, lançado pela emissora nacional.
Créditos do texto: Blog do Rodrigo Mattos/UOL